Presídios

Scanners em presídios de Goiás são desligados por falta de pagamento

Equipamentos que já flagraram entrada de drogas, armas, celulares e equipamentos eletrônicos estão ameaçados de…

Equipamentos que já flagraram entrada de drogas, armas, celulares e equipamentos eletrônicos estão ameaçados de desligamento em cinco presídios de Goiás. Dos cinco body scanners (que conseguem visualizar o corpo inteiro do visitante), em todo Estado, três funcionam. A empresa já comunicou sobre vencimento de várias parcelas do contrato, mas o Estado ainda não quitou o atraso. Uma reunião está agendada para a próxima sexta-feira (27).

A informação de fontes do Mais Goiás é de que os dois equipamentos instalados na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), onde são alojados presos que já receberam sentenças dos crimes que praticaram, já estão desligados. A informação foi confirmada pela Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP). A entrada de drogas é constante nas unidades de Goiás e os flagrantes são feitos com ajuda dos equipamentos, que resultam na prisão de visitantes.

No dia 11 deste mês, a Assessoria de Comunicação da DGAP encaminhou comunicado do resultado das apreensões: “No sábado (08/09), os agentes plantonistas da POG impediram a entrada de drogas durante o horário de visitas. Lilian Alves da Silva escondia nas partes íntimas uma porção de maconha envolvida em fita isolante. Ela foi descoberta após passar pelo aparelho de scanner corporal e levada até uma unidade de saúde. No local, a médica plantonista fez a retirada da droga e a visitante confessou que entregaria para seu esposo Jhullyano Lopes. Os dois foram levados para a delegacia”, descreveu o comunicado.

“Ainda na POG, Yasmmin da Silva Santos foi presa ao tentar levar mais de 200 gramas de maconha para o detento Roberto Julio Almeida do Nascimento Junior. A droga estava armazenada dentro do par de sandálias. Por fim, durante a visita no domingo (09/09) na CPP, Rosimeire Santos de Oliveira foi presa com dois aparelhos celulares escondidos. Os objetos foram vistos assim que a visitante passou pelo aparelho. Ela e o reeducando Vitor Hugo Santos foram levados para a delegacia”, diz ainda o texto.

Além dos dois equipamentos que estão desligados na POG, existem mais duas unidades na Casa de Prisão Provisória (CPP), também em Aparecida de Goiânia, e um no Presídio Estadual de Anápolis, os três últimos, em funcionamento.

RESPOSTA
A reportagem entrou em contato com a empresa VMI Sistemas de Segurança Ltda. na tarde desta quarta-feira (26). Apesar de ser atendida, a reportagem não obteve resposta de quais serão as medidas adotadas pela empresa, pelo não recebimento das parcelas, que as fontes garantem não serem menos que 10. A empresa não respondeu a quantidade de parcelas, nem os valores, para se resguardar em cláusulas contratuais que exigem sigilo.

A Assessoria de Comunicação da DGAP confirmou as informações, mas garantiu que a situação já está em fase de chegar a um acordo. Uma reunião está agendada para a próxima terça-feira (2/10), às 14h30, com representantes da DGAP, da empresa VMI e da Secretaria da Fazenda do Estado de Goiás (Sefaz). A DGAP também não informou a quantidade de parcelas em atraso.