REFORMA

Secretaria transfere mais de 1100 detentos para reforma de penitenciária

A Secretaria de Segurança Pública realizou operação na madruagada deste sábado (5) para transferir 1133…

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Princípio de rebelião é contido no Presídio Odenir Guimarães (Foto: Reprodução)

A Secretaria de Segurança Pública realizou operação na madruagada deste sábado (5) para transferir 1133 detentos que estavam custodiados na Penitenciária Odenir Guimarães. Os presos foram realojados em outras unidades prisionais do estado. O presídio em que estava vai receber reformas estruturais a partir da próxima segunda-feria (7). O número representa 2/3 do total de detentos.

A reforma pretende dar uma cara nova a unidade. Para isso, os telhados serão trocados, além do encanamento, que é da década de 1960. A fiação também apresenta problemas e deve ser toda trocada. Somente com a troca do encanamento, que apresenta vazamentos, e da fiação, que perde carga, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) espera economizar 30%.

Além disso, a intenção é retirar diversos “puxadinhos” construídos durante o passar dos anos, principalmente em rebeliões, e reestruturar a unidade para melhor operacionalização. “É necessário fazermos as obras físicas. É uma unidade de difícil acesso e que o controle era muito difícil justamente pelos ‘penduricalhos’ e ‘puxadinhos’. Começamos algumas obras, mas essa intervenção mais firme era necessário”, afirma.

De acordo com o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, a unidade históricamente possui inúmeros problemas estruturais, que dificultam o trabalho dos agentes prisionais e controle dos detentos.

“É uma unidade que que trouxe inúmeros problemas para Goiás e que não foram enfrentados. Ano passado fizemos varredura e encontramos diversos objetos que não poderiam estar por lá. Além disso, quando assumimos a secretaria havia cerca de 3 mil presos no local, estamos abaixando gradativamente”, apontou durante entrevista coletiva.

Durante a operação de remoção dos detentos, os agentes encontraram cerca de R$ 140 mil em espécie, além de celulares. A Secretaria de Segurança Pública deve realizar investigação para apurar a entrada de objetos e dinheiro na unidade.