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Segurança Pública registra queda em 12 índices criminais em 11 meses

No que parece ser o seu último contato com a imprensa ainda no posto de…

No que parece ser o seu último contato com a imprensa ainda no posto de secretário de Segurança Pública, Ricardo Balestreri divulgou, nesta quinta-feira (8) um balanço de sua estadia à frente da pasta. Foram 11 meses de gestão que culminaram na “derrubada” de 12 índices de criminalidade, que variam de homicídio, latrocínio até roubo a residência. O levantamento apurou informações entre março de 2017 e janeiro de 2018 em comparação com o mesmo período iniciado em 2016.  A “gestão científica” foi considerada a maior responsável para obtenção dos resultados.

As reduções mais significativas pairam sobre as taxas de roubo a comércio (32,61%), roubo a transeunte (26,74%) e Latrocínio (24,22%). As derrubadas mais tímidas foram nos crimes de estupro (4,39%), furto em residência (5,38%) e furto de veículos (8,58%). O secretário chama atenção, porém para a redução de 11,24% no índice de homicídio e de 16,19% nas tentativas, que são “Alguns dos tipos mais hediondos, graves”.

Tabela de índices criminais monitorados (Fonte: SSPGO)

Nesse período, a SSP apurou que mais de 25.800 pessoas deixaram de ser vítimas dos crimes listados e 1.230 cidadãos tiveram suas vidas salvas diretamente. “Quando transformamos a análise desses números ‘frios’ em pessoas e levamos em consideração todos os tipos de crimes, inclusive os não listados no levantamento, notamos um recuo geral de 10,13% na ocorrência de delitos. Isso que dizer que 46.502 pessoas deixaram de ser vitimas de algum tipo de crime no estado”, sublinha Balestreri.

“Gestão científica”

Os créditos da obtenção das baixas nos índices de criminalidade são, segundo o Balestreri, a aplicação de métodos científicos na gestão pública. “Entre outros fatores, a estruturação científica da gestão incidiu nessa derrubada. Claro, que a atuação dedicada das polícias tornou o planejamento possível. Juntos, fizemos um trabalho científico capaz de tornar Goiás o estado brasileiro que mais reduz índices de criminalidade”, revela.

Entre as ações da gestão nos últimos 11 meses, Ricardo destacou ações preventivas coordenadas pela pasta. Entre elas está a ampliação da participação dos municípios nas ações de segurança pública. “Isso ocorreu por meio de apoio na elaboração de 14 planos municipais de segurança pública, auxílio na criação de seis secretarias municipais em Formosa, Luziânia, Novo Gama, Rio Verde, Santa Helena e Senador Canedo e formação de 766 agentes da Guarda Civil Municipal”.

Crime organizado

Segundo Balestreri, o trabalho também gerou repercussões na formação das polícias, com a criação da Faculdade da Polícia Militar. “Também MBA para capacitar integrantes das forças policiais que atuam na produção de conhecimento, revisão das malhas curriculares dos cursos de formação. Ou seja: não temos visão romântica. Policiais além da prática, policiais precisam de competência no que diz respeito a conteúdos teóricos, o que ajuda a desenvolver o serviço de inteligência, inclusive o mapeamento de Facções que atuam no estado”.

No bojo das ações desenvolvidas, o secretário ressalta ainda o mapeamento das facções criminosas que atuantes em Goiás. “Quando chegamos, havia uma cultura generalizada de negação da existência de facções aqui. Pedi uma investigação detalhada da presença e do fluxo de facções em Goiás e tinha até um histórico disso”.

Nos últimos 2 anos e meio, revela, a principal facção em atuação no Brasil iniciou um movimento de expansão para Goiás, gerando um conflito com a segunda organização mais notória. “Pedi uma investigação detalhada. Precisamos ter conhecimento desses números, não para ficarmos apavorados, mas para conhecer a realidade para podermos combater o crime de forma eficiente e eficaz. Elas estão presentes aqui porque Goiás ocupa uma posição central no Brasil e também porque abarca a Capital Federa, que é um dos grandes mercados do consumo de Cocaína no País”, explica.

Para o gestor, o combate ao crime deve ser sistêmico. “Já passamos da fase de combater a criminalidade de forma fragmentada. O crime é organizado. Tenho certeza que o serviço será continuado. Agora tenho outro desafio: atuar na prevenção da geração de cultura de violência e na criação de uma cultura inclusiva”, reforça, em tom de despedida.

O crime hoje é organizado, já passamos da faze do combate fragmentado. O combate tem que ser sistêmico, tenho certeza que o serviço será continuado. Cumpri a minha etapa, consegui alcançar os índices agora tenho outro desafio, de atuar na prevenção da geração de cultura de violência e na criação de uma cultura inclusiva.