LAUDO

Servidores da UPA Flamboyant podem ter sido intoxicados de forma proposital

Os sete servidores que no último dia três de janeiro passaram mal após tomarem café…

café
“Pessoa que subtraiu os remédios tinha livre acesso e conhecimento sobre seus efeito”, diz funcionário da UPA Flamboyant Caso aconteceu no dia 3 de janeiro, quando sete funcionários da unidade passaram mal após ingerir café

Os sete servidores que no último dia três de janeiro passaram mal após tomarem café na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Flamboyant, em Aparecida de Goiânia, podem ter sido intoxicados de forma intencional. A hipótese foi levantada depois que peritos da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) encontraram, em duas garrafas onde estava o café, resquícios de um medicamento usado no tratamento de esquizofrenia.

O laudo pericial, apresentado nesta quinta-feira (16), à imprensa, mostra que vestígios de Clozapina foram detectados na bebida. Como outros sete itens usados na preparação da bebida, incluindo copos, açúcar, pó de café, água e leite foram analisados e nada de anormal foi encontrado, os peritos suspeitam que a substância que provocou a intoxicação nos servidores foi colocada, de forma proposital, dentro das duas garrafas.

(Imagem: Divulgação/PTC)

“A Clozapina é um medicamento extremamente forte, que pode provocar taquicardia, confusão mental, problemas respiratórios, coma e até mesmo a morte. Nós não temos a menor dúvida de que o fato das pessoas intoxicadas estarem em um posto de saúde e terem recebido um atendimento imediato ali, evitou que elas tivessem sequelas mais graves”, relatou a perita Jhéssica Cavalcante.

Ao receber o laudo, o delegado Diogo Rincon, titular do 7º Distrito Policial de Aparecida de Goiânia, que está investigando o caso, disse que pretende ouvir novas testemunhas, para descobrir quem teria tentado envenenar os funcionários. “Nós já estamos atrás de imagens de câmeras de segurança e também queremos saber se esse café veio de fora ou se foi feito lá dentro da UPA”, concluiu.

(Imagem: Divulgação/PTC)

Os sete servidores que passaram mal no dia três de janeiro relataram problemas como sonolência, vômito e diarreia. Após serem medicados, eles foram liberados no mesmo dia.

(Imagem: Divulgação/PTC)