Salário atrasado

Servidores do Hutrin sofrem com atrasos nos salários

Funcionários do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) revelam estar passando por um sufoco devido…

Funcionários do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) revelam estar passando por um sufoco devido à má administração. Com salários atrasados, muitos não estariam em condições de arcar com suas obrigações.

Um dos seguranças da unidade, Paulo Henrique dos Santos, conta que a situação se arrasta há meses. “Faz três meses que está desse jeito. Primeiro, pagaram no dia 14. No mês seguinte, no dia 16. Neste mês ainda não recebemos”, reclama.

Segundo ele, funcionários iniciaram uma paralisção parcial na manhã desta quinta-feira (17/3) na tentativa de forçar uma solução. “Eles nos chamaram para uma reunião, mas disseram que não tinha previsão de pagamento. Eu perguntei como fica a situação daqueles que precisam pagar aluguel, que tem crianças para cuidar, e eles disseram que não têm recursos.”

Conforme os relatos, não há nenhuma área que escape à crise no hospital. Servidores da limpeza, enfermagem, seguranças, médicos e jardineiros estariam todos igualmente com repasses a receber.

A funcionária da área de limpeza, Rosimeire da Silva Pereira, teme pelo que pode acontecer com alguns servidores. “Tem gente aqui que tem ameaça de despejo e pede dinheiro para agiota. Como é que faz?”, questiona. “Dá vontade de ir para casa, cuidar dos filhos que estão com fome. Mas se a gente faz isso ainda vai mandado embora por justa causa.”

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Gerir, a organização social que administra o hospital, informou que representantes estão “neste momento na Secretaria de Saúde do Estado negociando com o órgão a liberação de recursos para a quitação de pendências, junto às empresas terceirizadas que prestam serviços na unidade”.

Já a assessoria da SES ressaltou que o Estado também sente os reflexos da crise financeira nacional. “Apesar das dificuldades, a Secretaria de Estado da Saúde tem feito a gestão financeira juntamente com as Organizações Sociais contratadas para o gerenciamento dos hospitais, de forma a minimizar os problemas causados pela situação.”

Ainda assim, o órgão não ofereceu previsão para a regularização dos salários dos servidores.