SITUAÇÃO

Sindicato reclama de falta de estrutura para exames de CNH no interior de Goiás

Candidatos, instrutores e examinadores, em muitos casos, precisam procurar um local com banheiro, água e até com sombra, diz Paulo César, presidente do Sinditego

Sindicato reclama de falta de estrutura para exames de CNH no interior de Goiás
Sindicato reclama de falta de estrutura para exames de CNH no interior de Goiás (Foto: Enviada pelo Sinditego)

O presidente do Sindicato dos Instrutores e Trabalhadores em Centro de Formação de Condutores em Goiás (Sinditego), Paulo César Gomes de Castro, denuncia ao Mais Goiás a falta estrutura das bancas do Detran Goiás na região metropolitana de Goiânia e no interior do Estado para a aquisição da CNH. Ele pontua que o problema atinge quase a totalidade destes municípios.

Segundo ele, o Detran recebe taxas de alto valor dos candidatos, podendo chegar a R$ 650 (A-B) ou R$ 450 (uma única modalidade), mas em muitos casos os candidatos, instrutores de autoescola e examinadores das bancas não têm qualidade para aguardar o teste. “O órgão tem essa arrecadação, então queríamos um investimento neste sentido”, diz Paulo.

Para ele, seria possível o envio, por exemplo, de uma carreta apropriada para receber essas pessoas. Na prática, eles precisam procurar um local com banheiro, água e até com sombra. “Muitas vezes não tem tenda e fica um aglomerado de pessoas. 400 candidatos, às vezes. Alguns grupos chegam às 8h da manhã e só saem à tarde. Poderia haver uma organização nesse sentido também.”

Paulo César defende um planejamento, inclusive, para evitar acidentes, como o que ocorreu em Alexânia, quando uma mulher de 49 anos morreu, no domingo (6), após uma aluna atropelá-la durante uma prova direção. Ela teria se apavorado e acelerado de “arranco” depois que foi reprovada, e que o avaliador pediu que ela deixasse o carro na linha de chegada.

O examinador, que não teve o nome divulgado, prestou socorro a vítima. Paulo César diz que o Sinditego não esteve no local, mas que é possível ter faltado prudência, conforme o que foi narrado. Ele atribui, contudo, a um possível estresse vivido pelo trabalhador pela mecânica de trabalho.

O Detran, por sua vez, informou que está “empenhado no total esclarecimento dos fatos. Solicitou perícia no local e no veículo usado. A candidata/motorista e o examinador passaram por teste do bafômetro. O examinador ficará afastado das suas funções até o final das investigações”. O órgão instalou uma sindicância paralela à investigação policial.

Já sobre as reclamações, o Mais Goiás procurou o presidente do Detran-GO, Delegado Waldir, para comentar as falas do presidente do Sinditego. Até o fechamento não houve retorno.