"MÁ GESTÃO"

Sindicatos realizam atos pela vida e contra Bolsonaro, em Goiânia

Dezenas de pessoas protestaram, na Praça Cívica, em Goiânia, na tarde desta sexta-feira (7), contra…

Sindicatos realizam atos pela vida e contra Bolsonaro, em Goiânia
Sindicatos realizam atos pela vida e contra Bolsonaro, em Goiânia

Dezenas de pessoas protestaram, na Praça Cívica, em Goiânia, na tarde desta sexta-feira (7), contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelas vítimas da Covid-19. O Ato Simbólico (Dia de Luto | Dia de Luta, Em Defesa da Vida e do Emprego), organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), também ocorreu em outras cidades do País. O intuito é denunciar a má gestão feita pelo presidente diante da crise pandêmica do novo coronavírus, que já contabiliza, oficialmente, quase 100 mil mortes, bem como defender empregos.

Na ocasião, foram levadas 100 cruzes para simbolizar as mortes pela doença no País. Vários sindicatos cutistas estiveram presentes, como Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde-GO), Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal de Goiás (Sintsep-GO), dentre outros.

“Hoje (sexta) são quase 100 mil mortes. Amanhã (sábado), vai ultrapassar”, relatou Ademar Rodrigues de Souza, presidente do Sintsep-GO ao se atentar: “Na verdade, sabemos que as mortes são subnotificadas, então já ultrapassou.”

Ele também criticou a ausência de ministro da Saúde no País por quase três meses. “Eduardo Pazuello [ministro inteirino], a cada dia coloca mais militares no ministério. Em breve deixará de ser o Ministério da Saúde e se tornará um batalhão.”

Ainda segundo ele, o Brasil optou por comprar estoques de décadas de cloroquina, enquanto faltam medicamentos, insumos e equipamentos de proteção individual (EPIs) para os profissionais da Saúde. “Então, tínhamos que protestar contra essa política horrorosa.”

Outras pautas

De acordo com Ademar, na ocasião, os presentes também protestaram contra as retiradas de direitos dos trabalhadores, que ocorrem desde o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). “Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência, já com Bolsonaro… A próxima é a Reforma Tributária, que também será paga pelos trabalhadores”, lamentou. “A economia não pode estar acima de tudo.”

O sindicalista explica que o ato foi pacífico. Ele afirma que a Polícia Militar (PM) esteve presente, mas não houve intercorrências. Além disso, ele reforça que o número de pessoas, cerca de 80, foi reduzido para observar as precauções sanitárias.

“Mantivemos o espaçamento, levamos máscara e álcool em gel. Tudo isso para não ocorrer o que mais tememos, que é a contaminação.”

Até o fechamento da matéria, a PM não informou se fez a contagem dos presentes.