'REVIVENDO O SOFRIMENTO'

“Situação horrível”, diz Valério Filho sobre 3º adiamento de Júri

O advogado Valério Filho, que atua como assistente de acusação no caso Valério Luiz, descreveu…

O advogado Valério Filho, que atua como assistente de acusação no caso Valério Luiz, descreveu o 3º adiamento do Júri como “situação horrível”. (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)
O advogado Valério Filho, que atua como assistente de acusação no caso Valério Luiz, descreveu o 3º adiamento do Júri como “situação horrível”. (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)

O advogado Valério Filho, que atua como assistente de acusação no caso Valério Luiz, descreveu o 3º adiamento do Júri como “situação horrível”. Segundo ele, a família do jornalista está ‘presa’ desde o dia do assassinato, em 5 de julho de 2012. “Enquanto não tem um fim, continuamos presos. É um dia de 10 anos”, disse em entrevista coletiva.

O julgamento foi adiado pela terceira vez na manhã desta segunda-feira (2), após os advogados de Maurício Sampaio, apontado como mandante do crime, abandonarem o plenário do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Luiz Carlos da Silva Neto e Bruno Martins foram multados em R$ 121 mil em razão da conduta.

Fim das manobras

À imprensa, Valério Filho disse que o comportamento da defesa de Sampaio foi algo nunca visto por ele anteriormente. “Um advogado, sem nenhuma justificativa ou decisão, simplesmente abandona o plenário para impedir que o julgamento ocorra. O Júri foi remarcado para 13 de junho e dessa data não irá passar, não será possível nenhuma manobra. Tudo o que aconteceu naquele 5 de julho precisa ser mostrado aos jurados para conseguirmos justiça pelo pai, em memória do meu avô [Manoel de Oliveira] e de toda a sociedade goiana.

De acordo com ele, a cada adiamento, a família revive o sofrimento. “A gente revive o processo inteiro, revive o sofrimento de 5 de julho. O processo é trabalhoso também porque são muitos volumes e você precisa estudar cada um”.

Segundo Valério Filho, a Justiça precisa ser feita para provar que nenhuma pessoa fica impune. “Ninguém está acima do bem e do mal. Não importa o quão poderoso você seja. A Justiça vai servir para mostrar que a vida do meu pai tinha valor e não poderia ter sido arrancada da forma como foi, como se fosse um nada, na porta do trabalho dele”, completou.

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