Caso Luiz Henrique

Suspeito de empurrar jovem de piscina em Caldas é investigado por homicídio

O suspeito de empurrar o jovem empresário Luiz Henrique Cavalcanti Romano, 22 anos, de uma…

Jovem empurrado de piscina e internado na UTI apresenta hemorragia
Jovem empurrado de piscina e internado na UTI apresenta hemorragia

O suspeito de empurrar o jovem empresário Luiz Henrique Cavalcanti Romano, 22 anos, de uma piscina em Caldas Novas é investigado por um homicídio em Goiânia. A informação foi passada pelo advogado da vítima, Murilo Falone, e confirmada pelo titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) da capital, Rilmo Braga.

Segundo o investigador, Sérgio Reis de Oliveira Júnior também é suspeito de ter participado da morte do agropecuarista Luiz Darlan Alkimin de Oliveira, de 52 anos, em 2017. Sérgio, porém, nega todas as acusações.

Informações da época do crime são de que agropecuarista foi baleado no momento em que chegava em casa, uma chácara no Setor Orlando de Morais. Ele foi atingido por dois disparos. A caminhonete da vítima, uma Toyota Hilux, foi levada e abandonada na saída de Nova Veneza.

O agropecuarista foi socorrido por um funcionário da fazenda e foi levado para um Cais da região. Ele foi transferido para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol) em razão da gravidade dos ferimentos. Ele ficou oito dias internado e morreu na unidade.

Luiz Darlan ocupou a chefia da secretaria de Infraestrutura de Goiás no governo de Alcides Rodrigues (PP). Ele também já foi diretor da Goiás Fomento e da Agência Goiana de Habitação (Agehab). Ele foi enterrado no Cemitério de Ipameri, sua cidade natal.

Murilo conta que irá apresentar as informações para o delegado Alex Muller, que investiga o caso em Caldas Novas, e pedir a prisão cautelar de Sérgio. Por meio de nota, a defesa de Sérgio afirma que a atenção dele, dos familiares e dos amigos “está totalmente direcionada à plena e imediata recuperação de Luiz Henrique Romano, a quem se solidariza e se colocou à disposição, por seus advogados, para prestar todo e qualquer auxílio necessário, inclusive material.”

A defesa também afirma que Sérgio esteve na delegacia e prestou todo o esclarecimento necessário sobre o caso. Os adovgados de Sérgio também dizem que acionarão à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) ” a fim de que apure suposta infração ético- disciplinar […] praticada pelo advogado Murilo Falone Rocha, OAB/GO 49.308, a quem não compete, no curso de inquérito policial, requerer prisão preventiva ou temporária de quem quer que seja, ato privativo da autoridade policial ou do ministério público, ou manifestar-se sobre fato pendente de apuração”, finaliza o texto.

Festa

Luiz Henrique está internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Nossa Senhora Aparecida, na cidade. O estado dele é considerado grave, mas estável. Porém, o jovem apresentou uma hemorragia na noite do último domingo (27).

O caso aconteceu na última quarta-feira (24), véspera de Natal. Segundo Murilo Falone, advogado da vítima, o jovem foi a uma festa depois de receber convite de garotas que também passaram pelo estabelecimento à caminho da celebração. Murilo acredita que o crime pode ter sido causado por ciúmes.

“Luiz é bem apresentado. É bonito. Acredito que os envolvidos ficaram com ciúmes de Luiz no evento e fizeram o que fizeram. Meu cliente nunca o viu na vida. Não tinha qualquer motivo para essa confusão”, relata.

Imagens de câmeras de segurança mostram que uma briga teve início e algumas pessoas caíram na piscina. Luiz, que estava acompanhado por dois outros amigos, é agredido e um dos homens ainda lhe aplica um golpe chamado “mata-leão”.
Depois disso, o empresário consegue se desvencilhar, tentando sair da piscina. Nesse momento, o jovem identificado como Sérgio Júnior, de 24 anos, o empurra de uma altura de seis metros.

Testemunhas

O advogado da vítima, Murilo Falone, conta que três testemunhas foram ouvidas até o momento. “Elas relatam de forma uníssona que o meu cliente foi empurrado de forma dolosa”.

Segundo Murilo, Sérgio teria “dado de ombros” após a situação e ser questionado pelos presentes sobre a atitude que tomou. “As testemunhas ainda relataram que ele ameaçou as outras pessoas em empurrá-las dali também”, destaca.

Após o ocorrido, segundo a Polícia Civil (PC), Sérgio veio para Goiânia e só retornou à Caldas para se apresentar na delegacia. O jovem confessou que empurrou Luiz Henrique, afirmou que não sabia da altura da queda.

A declaração foi classificada pelo advogado como “mentirosa”. “Ele entrou na residência por baixo, viu a altura de toda a estrutura. Isso é um absurdo! Ele já possui passagens criminais e estamos levantando indícios para pedir a prisão dele”, diz Murilo.

Leia a nota completa de defesa de Sérgio Reis

[olho author=””]Ao fazer referência à matéria divulgada pelo site de notícias “Mais Goiás” no dia 29/12/2020, a defesa de Sérgio Reis de Oliveira Júnior vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:

1. Que nesse momento de dor e apreensão, a atenção de Sérgio Reis de Oliveira Júnior, de seus familiares e amigos está totalmente direcionada à plena e imediata recuperação de Luiz Henrique Romano, a quem se solidariza e se colocou à disposição, por seus advogados, para prestar todo e qualquer auxílio necessário, inclusive material, a fim de que Luiz possa estar junto a seus familiares, em saúde e conforto;

2. Sobre os fatos ocorridos, Sérgio Reis de Oliveira Júnior compareceu à Delegacia de Polícia em Caldas Novas, ocasião em que prestou os esclarecimentos à autoridade policial, mantendo-se, até o momento, à disposição da justiça, e emposição de respeito e observância à garantia da ordem pública, à garantia de eventual instrução criminal e, ainda, de eventual aplicação da lei penal;

3. Ao final, informa que notificará a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás, a fim de que apure suposta infração ético- disciplinar (art. 34, incisos XIII, XV e XXV da Lei n. 8.906/94) praticada pelo advogado Murilo Falone Rocha, OAB/GO 49.308, a quem não compete, no curso de inquérito policial, requerer prisão preventiva ou temporária de quem quer que seja, ato privativo da autoridade policial ou do ministério público, ou manifestar-se sobre fato pendente de apuração.

Goiânia, 30 de dezembro de 2020[/olho]

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