Apresentaçaõ

Suspeito de matar aposentado por dívida atirou porque não tinha dinheiro, diz polícia

Valdivino Augusto Pereira, de 63 anos, se apresentou à polícia, e confessou ter assassinado, no…

Valdivino Augusto Pereira, de 63 anos, se apresentou à polícia, e confessou ter assassinado, no último dia 12 de junho, o aposentado Antônio Vanderlei de Faria, de 75 anos. Em depoimento, Valdivino afirmou ter cometido o crime após Antônio Vanderlei, que cobrava uma dívida de R$ 70 mil, o ameaçar com um revólver, versão que não coincide com o que foi constatado por peritos que estiveram no local onde o corpo do aposentado foi encontrado, na zona rural de Caiapônia, uma semana após seu desaparecimento.

Antônio Vanderlei foi visto com vida pela última vez no último dia 12/6, quando saiu do prédio onde morava no Setor Nova Suíça, em Goiânia, para, segundo familiares, receber o dinheiro. Imagens de câmeras de segurança mostraram ele no banco do carona de uma camionete, a qual – descobriu a polícia – pertence a Valdivino.

Idoso desapareceu após sair para cobrar uma dívida (Foto: Reprodução/ Arquivo Pessoal)

Em depoimento, o suspeito afirmou ter levado Antônio até uma fazenda em Caiapônia para mostrar que, quando conseguisse vendê-la, lhe pagaria outros R$ 12 mil restantes da dívida, já que teria, em uma mochila dentro da camionete, R$ 58 mil em dinheiro. Uma discussão, porém, teve início. Na ocasião, Antônio teria sacado uma arma, de modo que Valdivino teria reagido e ambos entrado em luta corporal dentro da caminhonete. Segundo o suspeito, o disparo que matou o aposentado tinha sido acidental.

“Essa versão é totalmente fantasiosa, até porque nós descobrimos que os R$ 58 mil que ele pegou para atrair o Antônio eram emprestados, o Valdivino estava quebrado, não tinha como pagar a dívida. Além disso, a perícia constatou que não há indícios de luta corporal dentro do veículo, que o Antônio foi atingido com um disparo pelas costas, e depois ainda foi empurrado de cima do barranco onde estava”, relatou o delegado Thiago Martimiano, chefe do Grupo Anti-Sequestro (GAS), da Deic.

Ao ser apresentado à imprensa, Valdivino Augusto permaneceu em silêncio. Ele responderá preso por crime de homicídio culposo, duplamente qualificado.