INVESTIGAÇÃO

Suspeito de torturar e matar garota de programa é preso na fronteira com Paraguai

Corpo da vítima foi encontrado em um matagal em Abadia de Goiás. Cadáver estava carbonizado e com um arame envolto ao pescoço

A Polícia Civil prendeu Leandro Alves da Costa, suspeito de torturar e matar uma garota de programa e abandonar o corpo em Abadia de Goiás. Crime aconteceu em outubro do ano passado, mas o homem só foi preso na última sexta-feira (6), na fronteira do Brasil com o Paraguai. Uma outra suspeita (foto), identificada pelo nome de Helen, continua foragida.
Suspeito de torturar e matar garota de programa é preso na fronteira com Paraguai (Foto: Divulgação – PC)

A Polícia Civil prendeu Leandro Alves da Costa, suspeito de torturar e matar uma garota de programa e abandonar o corpo em Abadia de Goiás. O crime aconteceu em outubro do ano passado, mas o homem só foi preso na última sexta-feira (6), na fronteira do Brasil com o Paraguai. Mulher identificada apenas como Helen (foto) está foragida. Ela é investigada por suposto envolvimento no feminicídio.

A vítima, identificada apenas pelas iniciais D.M.R., trabalhava como garota de programa na região dos motéis da BR-153, em Aparecida de Goiânia. Ela foi vista pela família pela última vez, por volta das 4h do dia 12 de outubro de 2022, quando deixou o filho aos cuidados da irmã. Seu corpo foi encontrado em um matagal em Abadia de Goiás, carbonizado e com sinais de tortura. Corpo estava com um arame envolto ao pescoço.

O delegado Arthur Fleury, responsável pela investigação, revela que imagens do circuito de segurança de um motel mostram quando a vítima chega ao estabelecimento em carro dirigido por Leandro. Na sequência, um casal, identificado como Wallace Alves Novais e Helen, chega ao motel e divide o quarto com o casal que chegou anteriormente.

Horas depois, Helen deixa o estabelecimento andando, ao passo que Wallace sai no veículo conduzido por Leandro. A vítima não é vista saindo do estabelecimento.

Segundo casal chega ao motel. A mulher suspeita continua foragida (Foto: Divulgação – PC)
Segundo casal chega ao motel. A mulher da foto é suspeita e continua foragida (Foto: Divulgação – PC)

Durante as investigações, a Polícia Civil observou as câmeras de segurança do motel e verificou que no banco de trás do veículo havia um volume encoberto com um pano. “Percebe-se também que referido objeto ou pessoa ocupa o banco todo, tanto que não cabe a outra mulher, que teve que sair a pé do local. Na conta paga no motel por Leandro há cobrança de um lençol e um travesseiro, que este levou”, explica Fleury.

Leandro era monitorado por tornozeleira eletrônica e, após o crime, a rompeu e desapareceu. Wallace foi preso mediante mandado de prisão temporária, mas nega participação no homicídio. Hellen ainda não foi capturada e permanece foragida.

Por meio de cooperação internacional, Leandro foi localizado e preso em Foz do Iguaçu, usando o nome falso de Marcos Andrade. Ele tinha dois mandados de prisão em aberto no Brasil e já constava na lista de foragidos da Interpol. Ele segue preso no Paraná e aguarda recambiamento para Goiás.

Também segundo a polícia, Leandro é apontado como autor do assassinato de uma adolescente de 15 anos, também torturada antes de ser morta, em um motel de Ciudad del Este, no Paraguai, há menos de um mês após a morte da vítima goiana.

A imagem dos investigados é exibida, de acordo com os ditames legais e regulamentares, e considerando a primazia do interesse público sobre o privado, a fim de garantir o reconhecimento por parte de outras possíveis vítimas, com fulcro no despacho motivado do delegado responsável pela investigação e os ditames da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC.