HOMÍCIDIO

Suspeitos de matar advogados em Goiânia estiveram no local dias antes

Durante a reprodução simulada do assassinato dos advogados Marcus Aprigio Chaves, 41 anos, e Frank…

Pedro Henrique Martins chega para a reconstituição simulada do crime (Foto: Jucimar de Sousa)

Durante a reprodução simulada do assassinato dos advogados Marcus Aprigio Chaves, 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, 47 anos, a Polícia Civil confirmou a informação que os dois suspeitos de executar as vítimas estiveram nas proximidades do escritório em que os homicídios aconteceram em dias anteriores para planejar o crime. Um deles, Pedro Henrique Martins, inclusive almoçou duas vezes em um restaurante da vizinhança – informação que a inteligência da Segurança Pública já havia levantado. 

A reconstrução aconteceu nesta quinta-feira e movimentou a rua 9-A, no setor Aeroporto, onde Marcus e Frank trabalhavam. O duplo assassinato aconteceu no dia 28 de outubro. A informação de que Pedro e o outro suspeito, Jaberson Gomes, estiveram no local em dias anteriores desmonta a tese incialmente dada pelo próprio Pedro, de que a motivação inicial do crime era a de roubar uma quantia de dinheiro que estava no escritório. Além de policiais da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), participaram 10 peritos (três presencialmente, sete em apoio). Um destes estava no local do crime no dia da execução. 

Pedro Henrique Martins participa da reconstituição do assassinato de Frank Carvalhaes e Marcus Aprígio (Foto: Jucimar de Sousa)

Pedro Henrique Martins participa da reconstituição do assassinato de Frank Carvalhaes e Marcus Aprígio (Foto: Jucimar de Sousa)

O delegado titular da DIH, Rilmo Braga, confirmou a informação de que o inquérito do caso deve ser concluído na próxima semana. As informações colhidas pela Polícia Civil municiarão o Ministério Público, a quem cabe decidir contra quem vai oferecer denúncia. O caso vai a júri popular, o que, na avaliação da polícia, reforça a importância de se construir um inquérito recheado de vídeos, fotos e outras provas documentais com forte apelo visual. “O júri fica mais confortável com fotos e vídeos do que com papel”, diz Rilmo. 

A polícia acredita que Pedro Henrique receberá quantia que pode chegar a meio milhão de reais para não entregar o nome dos mandantes e dos intermediários do crime. Existe também a avaliação de que Pedro tenta imputar em Jaberson – morto em confronto com policiais no dia 30 de outubro, no Tocantins – a responsabilidade pelo trabalho de planejamento do duplo homicídio. 

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