EDUCAÇÃO

Suspensão de aulas presenciais em Goiás entrará em discussão, diz Saúde

A suspensão das aulas presenciais ainda não foi discutida pelo Centro de Operações de Emergência…

COE ainda não debateu suspensão das aulas presenciais em Goiás
Câmara aprova projeto que reconhece aulas presenciais como atividade essencial (Foto: Jucimar de Sousa)

A suspensão das aulas presenciais ainda não foi discutida pelo Centro de Operações de Emergência (COE). É o que afirmou a Secretaria de Estado de Saúde (SES), depois que o assunto foi abordado pelo governador do estado, Ronaldo Caiado (DEM). Em entrevista à TV Anhanguera, ele afirmou que a suspensão pode acontecer em virtude do aumento no número de casos de Covid-19. De acordo com o governador, o tema deve entrar na pauta das discussões  nos próximos dias, no debate sobre medidas mais restritivas para conter o avanço da doença no estado.

De acordo com a pasta, o que está em discussão sobre o tema é a proposta para ampliar a quantidade de alunos de 30% para 50%. Entretanto, nenhuma decisão foi tomada ainda, em virtude do cenário epidemiológico. A SES informou também que, de acordo com as deliberações do COE, o retorno está condicionado a uma reavaliação contínua do cenário. Por esse motivo, alterações relacionadas às aulas levam em consideração a situação da pandemia no estado.

Preocupação

A declaração do governador foi recebida com preocupação pelas instituições privadas de ensino. O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia, Flávio Roberto de Castro, afirmou que o retorno às aulas não foi o responsável pelo aumento de casos e que aguarda um posicionamento do COE.

“O nosso seguimento é o único que tem cumprido os protocolos da melhor forma possível. Nós não estávamos abertos no final de dezembro e nem no início de janeiro. Por isso, não somos responsáveis pelo aumento dos casos”, disse Flávio.

“Nosso seguimento foi o que permaneceu mais tempo fechado”, continuou. “Desde que voltamos, em novembro, não houve nenhum caso registrado de contaminação por Covid-19, seja de aluno para aluno, de professor para aluno ou de professor para professor. Acredito que, se for para fechar o nosso seguimento, tem que fechar tudo”, concluiu.

Foi o sindicato patronal que fez a proposta de aumento de alunos por sala de aula no início do ano. Durante uma entrevista à Rádio Sagres realizada no dia 7 de janeiro, Flávio reclamou da relutância das autoridades sanitárias de Goiás em permitir que as aulas presenciais aconteçam com mais de 30% dos alunos em sala. 

“Quando foi liberado os 30% em outubro foi nos passado que, 30 dias depois, seria feita uma nova avaliação para aumentar a quantidade de alunos, mas não foi feita. Funcionamos até 18 de dezembro e agora aguardamos um novo monitoramento dos casos confirmados até o momento para ter um parecer”, afirmou Flávio.

Volta às aulas

As aulas presenciais retornaram nesta segunda-feira (25). De acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), as aulas funcionam com 30% dos alunos em cada sala. Além disso, a prioridade é para os estudantes sem acesso à internet ou que não acompanharam as aulas do Regime Especial de Aulas Não Presenciais (Reanp) em 2020.

A superintendente de Organização e Atendimento Educacional da Secretaria de Educação (Seduc), Patrícia Morais Coutinho, diz que o retorno às aulas presenciais é facultativo e cada escola é independente para definir como e quantos vão participar dessa experiência, com base em estudo epidemiológico. “Goiânia pode ter regiões com retorno e outras não”. Patrícia afirmou que cada escola deve fazer um estudo para descobrir quais alunos se enquadram nos critérios para assistir aula presencialmente.