Imagens macabras

Técnica de enfermagem é demitida após divulgar imagens do corpo do traficante “Tio Patinhas” em hospital de Niquelândia

Conduta irresponsável e desrespeitosa gera repúdio e medidas enérgicas por parte da Secretaria Municipal de Saúde

Traficante conhecido por não tolerar dívidas de drogas morreu em confronto com o COD (Foto: COD/Divulgação)
Traficante conhecido por não tolerar dívidas de drogas morreu em confronto com o COD (Foto: COD/Divulgação)

Uma técnica de enfermagem foi demitida após divulgar imagens do corpo do traficante conhecido como “Tio Patinhas” no Hospital Municipal Santa Efigênia, em Niquelândia, região Norte de Goiás. A conduta da profissional, ocorrida na quinta-feira (29), foi considerada insensata e inadequada, levando à sua desvinculação do hospital. A Polícia Civil está investigando o caso. 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) emitiu uma nota de repúdio a respeito do assunto, por meio da qual condenou veementemente a ação da técnica de enfermagem, classificando-a como irresponsável e desrespeitosa. O hospital enfatizou seu compromisso com o atendimento humanizado e deixou claro que não compactua com esse tipo de comportamento.

A unidade hospitalar manifestou solidariedade aos familiares do jovem e informou que as medidas necessárias para o desligamento da profissional já foram tomadas. A técnica de enfermagem foi desvinculada na sexta-feira (30). O vazamento das imagens configura o crime de vilipêndio a cadáver, conforme o Código Penal Brasileiro, acarretando em pena de um a três anos de detenção e multa.

Tio Patinhas

Carlos Daniel Cezar Almeida Nunes, 22, conhecido como “Tio Patinhas”, morreu durante um confronto com policiais militares, em Niquelândia. Segundo o Comando de Operações de Divisas (COD), ele era um criminoso de alta periculosidade, envolvido no tráfico de drogas e disputa de territórios.

De acordo com a corporação, “Tio Patinhas” não tolerava dívidas de drogas, por menores que fossem. Na ocasião de sua morte, ele estava armado com uma arma de calibre restrito e planejava ataques contra rivais. O histórico criminal de Carlos inclui passagens por crimes como latrocínio, roubo, tráfico de drogas e receptação.