RISCO DE DESABAR

Telhado de laboratório da UEG em Ipameri pode ceder sobre equipamentos

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) em Ipameri – cerca de 226 km de Goiânia…

Redemoinho atinge e destrói detalho de casa em Goiânia(Jucimar de Sousa / Mais Goiás)
Redemoinho atinge e destrói detalho de casa em Goiânia(Jucimar de Sousa / Mais Goiás)

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) em Ipameri – cerca de 226 km de Goiânia – corre o risco de perder mais de R$ 300 mil em equipamentos do laboratório de pesquisa em fisiologia vegetal. Segundo o professor de fisiologia vegetal, Fábio Santos Matos, o espaço está com o telhado cedendo e, com as chuvas que se aproximam, pode ter o maquinário danificado tanto pelo teto, que pode cair, quanto pelas precipitações.

Fábio é professor na unidade há cerca de dez anos. Há oito existe o laboratório, que atende os cursos de agronomia e engenharia florestal, além de um mestrado em produção vegetal. Segundo ele, cerca de 20 alunos usam o local diariamente. Apesar da precariedade da estrutura ter se agravado no ano passado, ele diz que o espaço dá sinais de desgastes há mais tempo.

“Então, no fim do ano passado entreguei um documento para a direção do campus falando da possibilidade da ruptura. Contudo, só depois que divulguei a situação na rede social, nesta semana, é que tive uma resposta da reitoria em Anápolis”, revela. De acordo com Fábio, eles disseram que enviariam um auxílio de R$ 8 mil para reparos. “Mas, ainda no passado, fizemos o orçamento e era R$ 11 mil”, informa.

Também de acordo com o professor, o campus de Ipameri planta soja e tem lucro anual de R$ 200 mil. Inclusive, ele diz que a unidade teria R$ 100 mil em caixa, que estão parados e não dependem de autorização da reitoria de Anápolis para serem utilizados. Fábio pede, então, que se agilize a reforma antes que universidade perca os equipamentos – a maior parte garantido por edital federal e estadual – e que um aluno se machuque.

Foto: Arquivo/professor Fábio Santos

Foto: Arquivo/professor Fábio Santos

UEG

O diretor da unidade de Ipameri, Roberli Ribeiro Guimarães, disse ao Mais Goiás que havia um processo de deterioração, mas somente na quarta-feira (8) que as telhas caíram.  Ele disse, ainda, que trata-se de um buraco pequeno e que os equipamentos já foram transferidos para outro laboratório, ou seja, não há riscos de estragarem.

Além disso, ele ressalta que as aulas estão sendo remotas, neste momento, e, por isso, não há perigo para os alunos, que não têm ido ao local. Questionado sobre o documento do ano passado, ele diz ser verdade, mas o processo não andou por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Já acerca do dinheiro da soja, ele afirma que este é gerido por uma fundação privada que presta apoio à universidade, mas sem obrigação com os prédios. O reparo, por sua vez, deve ser iniciado na próxima semana, segundo Roberli.

“O dinheiro ainda não foi encaminhado, pois depende do orçamento que será feito”, responde ao ser questionado se a verba seria suficiente. “O maior problema, neste momento, é a busca por mão de obra, que está escassa pelo município”, completa.

A assessoria da UEG também foi procurada. Mas até o fechamento não houve retorno. Caso enviem nota, a matéria será atualizada.

Atualização

A UEG enviou, às 22h36 de quinta-feira (8), a seguinte nota:

“Sobre a questão do telhado de laboratório na Unidade Universitária de Ipameri, a UEG informa que:

– A reitoria determinou esta semana a liberação de fundo rotativo extra à unidade em valor suficiente para que sejam feitos os reparos.

– Uma equipe técnica de engenharia será deslocada ainda nesta sexta-feira (9/10) de Anápolis, onde fica a Administração Central, para Ipameri para avaliar a situação do laboratório e fazer um diagnóstico emergencial.

– A Diretoria de Gestão Integrada (DGI) da UEG, à qual o setor de engenharia está ligado, informa, inclusive, que, em caso de necessidade, poderá ser determinada a interdição do local e a retirada de material e equipamentos do laboratório para um lugar seguro. A medida pode ser adotada para evitar danos a pessoas e aos próprios equipamentos.”