CASO DANILO

Menor que viu suspeitos entrarem na mata com Danilo terá proteção

Um adolescente, que por questões de segurança não terá nem mesmo a idade divulgada, foi…

Suspeitos do assassinato de Danilo já tinham passagem pela polícia
Suspeitos do assassinato de Danilo já tinham passagem pela polícia

Um adolescente, que por questões de segurança não terá nem mesmo a idade divulgada, foi peça fundamental para que a polícia identificasse o padrasto e Hian Alves de Oliveira, de 18 anos, como supostos autores do assassinato de Danilo de Sousa Silva, de apenas sete anos. Foi esta testemunha, que já está recebendo proteção da polícia, que viu quando o padrasto e Hian entraram com a criança na mata, no final da tarde do último dia 21 de julho, data em que o pequeno desapareceu.

A força tarefa montada pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), segundo o delegado Rilmo Braga, titular daquela especializada, já vinha monitorando os dois suspeitos, e decidiu prendê-los, ainda em flagrante, após ouvir este adolescente. “Trata-se de uma testemunha que foi fundamental, contribuiu demasiadamente com as provas e suspeitas que já havíamos colhido, e, por medidas de segurança, sequer será arrolada no inquérito, até porque já temos outras provas robustas da participação do padrasto e do amigo dele neste bárbaro crime. Mesmo com todas essas precauções, nós também vamos solicitar a inclusão deste adolescente no programa de proteção à testemunha”, afirmou.

A perícia, ainda segundo o delegado, confirmou que, além de ter sido afogado, Danilo foi agredido com um pedaço de madeira na cabeça, braços, e costas. “A testemunha relatou ter visto que um dos dois maiores que entraram com a criança na mata tinha, nas mãos, um pedaço de madeira. Durante depoimento, o Hian disse que apenas segurou o Danilo para que o padrasto o agredisse, mas nos descobrimos que ele também pulou várias vezes na cabeça da criança, que, apontaram os peritos, também sofreu afundamento de crânio”, descreveu Rilmo Braga.

Perícia descartou estupro

Apesar de uma autópsia inicial, realizada na segunda-feira (27), dia em que o corpo foi encontrado, mostrar que Danilo apresentava lesões na região perianal, o titular da DIH disse que uma segunda análise descartou a possibilidade que o menor tenha sido estuprado. “Ele de fato teve as nádegas machucadas pelo pedaço de madeira, mas a própria perícia constatou, posteriormente, que não houve violência sexual, mas sim agressões com o mesmo pedaço de madeira com que o padrasto bateu nele em outras partes do corpo. O short que ele vestia, inclusive, nem foi retirado pelos dois agressões”, concluiu Rilmo Braga.

Durante depoimento, Hian disse que aceitou participar do assassinato de Danilo porque padrasto do menino teria prometido lhe dar uma moto. O crime, de acordo com o que já foi apurado até agora pela DIH, foi cometido porque o padrasto não gostava dos enteados. Para Hian, ele teria dito que pretendia se livrar de Danilo também porque não concordava com o mau comportamento da criança.