Traficante é preso pela segunda vez em menos de quatro meses com drogas e armas de grosso calibre

Agentes da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH) prenderam, nesta quarta-feira (09), Renato Pereira do Nascimento, de 26 anos, que é suspeito de ser o autor de três assassinatos ocorridos este ano em Goiânia. Apontado pela polícia como um grande e perigoso traficante de drogas, Renato já tinha sido preso e autuado em flagrante também por tráfico e porte de armas de uso restrito em maio passado.

Mais conhecido pelo apelido de “macaco”, Renato Pereira foi preso por agentes da DIH em uma residência no Setor Brisas da Mata, em Goiânia, local onde foram apreendidas duas pistolas, sendo uma calibre nove milímetros com kit rajada e uma ponto 40, uma espingarda calibre 12 e três carregadores, um deles para 135 munições, além de R$ 23 mil em dinheiro. Em uma casa usada como laboratório de refino de drogas no Jardim Fonte Nova, imóvel que segundo a polícia pertence à Renato, os agentes encontraram 43 quilos de pasta base de cocaína.

De acordo com investigações coordenadas pelo delegado Paulo Ribeiro da Silva, adjunto da DIH, Renato seria o autor dos disparos que mataram Lucas Ferreira Mania em 21 de agosto no Setor Santo Hilário, em Goiânia, e Osiel de Oliveira no dia primeiro de setembro no Jardim Guanabara, também na Capital. Lucas Ferreira, segundo o delegado, foi morto com 30 tiros, sendo que os dois crimes foram praticados em decorrência da disputa por ponto de tráfico de drogas.

Também nesta quarta-feira, os agentes da DIH prenderam, no Setor Santo Hilário, Jefferson Ressurreição, que é acusado de ter assassinado, junto com Renato Pereira, no último dia três de abril,  Rafael Magno de Lima. O crime aconteceu no Jardim Balneário Meia Ponte. A vítima, de acordo com as investigações, devia a eles R$ 1.200 referentes a pedras de crack.

Reincidente

A prisão de Renato Pereira trouxe surpresa para o comando da Polícia Militar. Em 16 de junho passado, Renato foi preso também em flagrante em um laboratório de refino de drogas no Jardim Mar Del Plata em Goiânia.

Naquela ocasião, militares do Grupo de Radiopatrulha Aérea (Graer) apreenderam com ele quatro quilos de crack, R$ 65 mil em dinheiro, uma pistola Glock, uma submetralhadora, uma espingarda, 242 munições e vários insumos utilizados no laboratório para refino de cocaína. “É o que nós chamamos de prisão esportiva.

A gente manda para a cadeia, o criminoso sai, a gente prende de novo, ele sai de novo. É um ciclo que infelizmente nunca termina e só traz prejuízos ao cidadão de bem”, criticou o assessor de comunicação social da PM, tenente coronel Ricardo Mendes.