Operação Brasilis

Três pessoas de uma mesma família são presas por assassinato

Três pessoas de uma mesma família foram presas pelo envolvimento em um homicídio cometido para…

Três pessoas de uma mesma família foram presas pelo envolvimento em um homicídio cometido para que recebessem os valores correspondentes ao seguro de vida de Jucimar dos Santos Bezerra, de 34 anos. As detenções foram o resultado da operação “Brasilis”, deflagrada na semana passada para apurar o crime.

As investigações duraram seis meses e foram coordenadas pelo delegado Rilmo Braga, da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH). Ao fim dos trabalhos, a Polícia Civil concluiu que familiares do falecido são suspeitos de terem planejado e executado a morte da vítima para receberem R$ 120 mil.

Foram presos pela DIH o executor dos disparos e sobrinho João Marcos Brasil, de 20 anos; a esposa e autora intelectual do crime Ana Cristina Brasil, de 36 anos; e o cunhado envolvido Nedio Brasil, de 44 anos.

De acordo com o delegado adjunto da DIH, Rilmo Braga, todos os suspeitos confessaram o crime, porém negaram que o motivo esteja ligado a questões financeiras. As alegações dos envolvidos apontam para suposto comportamento agressivo da vítima que, segundo relatos, principalmente, do sobrinho, João Marcos, demonstrava descontrole emocional e até agredia membros da família com freqüência – fato que o teria levado a atentar contra a vida de Jucimar.     

Ainda de acordo com o delegado Rilmo Braga, após as investigações e acompanhamento de movimentações bancárias dos envolvidos, a polícia apurou que um banco já pagou R$ 30 mil. “Deste valor, a viúva confessou que repassou R$ 5 mil ao sobrinho para que ele pudesse pagar um advogado”, afirmou o adjunto da DIH ao relatar que a Polícia Civil já entrou em contato com as demais instituições financeiras para que sejam suspensos outros pagamentos.

Segundo as investigações, o crime ocorreu em Goiânia, onde vítima e autores moravam, após Jucimar ser enganado, em 16 de agosto do ano passado. Ele teria sido chamado pelo sobrinho no início da noite daquele dia para verificar problemas mecânicos em uma moto. Porém, o convite tratava-se de uma emboscada.

No caminho de uma oficina, o rapaz fingiu que havia um problema com a moto e pediu que o tio a empurrasse. Quando Jucimar virou de costas, foi alvejado. João Marcos fugiu logo em seguida, mas, após ser preso, confessou e deu detalhes sobre o crime, assim como os demais suspeitos.

Com a morte do marido, Ana Cristina recebeu R$ 30 mil de um dos seguros de vida em seu nome. Desse montante, R$ 5 mil foram dados ao sobrinho como parte do pagamento pela execução. Posteriormente ele receberia outros R$ 15 mil.

Todos os suspeitos responderão por homicídio qualificado e associação criminosa. Cada um pode ser condenados a 30 anos de prisão pelo assassinato.