VIOLÊNCIA

Três PMs são presos por forjarem confronto em morte de soldado da FAB, em Anápolis

Um sargento, um cabo, e um soldado da Polícia Militar (PM) de Goiás foram presos…

Três PMs são presos suspeitos de forjar confronto em Anápolis
Três PMs são presos suspeitos de forjar confronto em Anápolis (Foto: divulgação/ redes sociais)

Um sargento, um cabo, e um soldado da Polícia Militar (PM) de Goiás foram presos temporariamente suspeitos de forjarem um confronto que culminou com a morte de um militar da Força Aérea Brasileira (FAB) no início deste mês, em Anápolis. Imagens feitas por uma pessoa que passava no momento em que Guilherme Souza Costa, de 19 anos, foi abordado mostram que ele já estava rendido quando foi ferido com um tiro, disparado por um dos policiais.

Os três militares que tiveram a prisão solicitada pelo Ministério Público Estadual, e decretada pela 1ª Vara Criminal Criminal da Comarca de Anápolis, trabalham na Companhia de Policiamento Especializado (CPE), tropa de elite da PM.

A prisão foi solicitada porque o vídeo contradiz a versão apresentada pelos PMs. O trio afirmou, durante depoimento, que Guilherme Souza, que estava em uma motocicleta, teria sido baleado após fugir de uma blitz e atirar contra as equipes. As imagens mostram que a vítima foi ferida após parar a moto, colocar as mãos na cabeça e obedecer a ordem para que se deitasse no chão.

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Mais Goiás (@maisgoias)

Na data do suposto confronto, os policiais apresentaram um revólver que teria sido apreendido com o jovem, mas familiares e amigos afirmaram que Guilherme nunca andou armado. Ainda conforme relataram familiares e amigos, o militar da Aeronáutica fugiu da blitz porque não tinha carteira de habilitação.

A prisão dos militares foi acompanhada por três oficiais da corporação e pelo titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Anápolis, delegado Wllissis Valentin. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos nas casas dos três policiais, que encontram-se recolhidos no Presídio Militar, em Goiânia. A Corregedoria da PM também está acompanhando o caso.