Contaminação

Turista goiana relata que entrou no mar e saiu suja de óleo, no Rio Grande do Norte

Uma turista goiana de 38 anos relatou ao Mais Goiás que, ao entrar no mar,…

Uma turista goiana de 38 anos relatou ao Mais Goiás que, ao entrar no mar, na Praia de Tabatinga, no Rio Grande do Norte (RN), na última segunda-feira (30), saiu com manchas de óleo pelo corpo. A praia fica na cidade de Nísia Floresta, a cerca de 65 quilômetros de Natal. A fonte prefere não se identificar.

“Não vê nada da praia, nenhum resquício de óleo. Mas ao entrar…”, relata a mulher. Segundo a fonte, o esposo foi quem viu as manchas pelo corpo dela. “Elas só saíram à noite após passar protetor solar no local e massagear”, conta.

Ainda de acordo com a goiana, ela não chegou a ver mais pessoas saindo do mar com os resquícios de óleo. Inclusive, o companheiro dela. “Enquanto meu esposo entrou no mar, eu fiquei bem no raso. Onde fiquei com as mãos no fundo“, explica.

Em uma matéria publicada pelo Estadão Conteúdo nesta terça-feira (31), a informação é de que ao menos 980 localidades de 129 municípios foram atingidas em 11 Estados. Isso inclui praias, rios, ilhas, manguezais e áreas de proteção ambiental permanente. E mais: só em dois locais há manchas, com mais de 10% da praia contaminada.

Do total, pouco mais de metade (507) é considerada “limpa” e outra grande parte (471) só tem 10% de contaminação, conforme balanço do dia 28 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Após dois meses, o petróleo cru voltou a poluir o litoral norte do Ceará. Os registros desta segunda foram as praias de Caetanos de Cima, no município de Amontada, e de Apiques, em Itapipoca, no litoral norte cearense, segundo a Marinha. Não há informações sobre o Rio Grande Norte, onde a turista goiana encontrou óleo.

Uma das hipóteses levantadas pelo professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) Luis Ernesto Bezerra, é o efeito chamado swell. “Esse óleo continua no mar e ondas um pouco mais fortes, criadas por ventos mais fortes, acabam trazendo de volta o óleo que estava em alto-mar”, explica ao Estadão Conteúdo. Outra hipótese é de que ainda pode haver óleo no fundo do mar, e as ondas mais fortes trazem a substância.

 

*Com informações do Estadão Conteúdo