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UFG causa polêmica ao divulgar que não só pessoas ricas estudam na Universidade; veja vídeo

Vídeo foi repostado e já ultrapassou 100 mil visualizações

Vídeo divulgado nas redes sociais da UFG causa polêmica entre internautas (Foto: Reprodução)
Vídeo divulgado nas redes sociais da UFG causa polêmica entre internautas (Foto: Reprodução)

Um vídeo divulgado nas redes sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG) causou polêmica com a frase “Ai, porque na UFG só entra gente rica”. O vídeo gerou críticas porque os internautas acusaram a UFG de usar imagens de negros e indígenas para afirmar o discurso na campanha do Sisu 2024.

Em nota, a Universidade Federal de Goiás (UFG) disse que lamenta o ocorrido e ressaltou que o intuito da postagem era justamente o de destacar a inclusão e “desmistificar uma antiga ideia de que só há estudantes de alta renda na Instituição”. Leia a nota completa na íntegra.

Embora o vídeo já tenha sido removido das redes da Universidade, ainda continua circulando na internet. A publicação foi criada com o objetivo de refutar alguns comentários de forma descontraída, mas o vídeo não agradou os internautas, que acusaram a Instituição de chamar os alunos de pobre.

Na sequência das fotos, a UFG incentivou os alunos a estudarem na Universidade e explicou que 50% das vagas por curso e turno são destinadas a estudantes de escola pública. No X (antigo Twitter), o vídeo foi repostado e já ultrapassou 100 mil visualizações.

“É impressão minha ou chamaram pessoas indígenas de pobres na cara dura?”, questionou uma seguidora.

“UFG chamou todo mundo de pobre, foi isso?”, escreveu um internauta.

Nota completa UFG

A Universidade Federal de Goiás (UFG) se orgulha de ser uma instituição de ensino superior (IES) inclusiva e que trabalha para abrir cada vez mais espaço a fim de proporcionar uma ampla representação da diversidade e condição sócio-econômica brasileira. A V Pesquisa do Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Universidades Federais, realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) em 2019, revelou que 75,5% do corpo discente é composto por estudantes que possuem renda mensal familiar per capita de até 1,5 salários mínimos. Ou seja, três quartos dos graduandos.

De acordo com o Relatório Integrado de Gestão de 2022, a UFG contava, nesse ano, com 19.644 estudantes matriculados na graduação. Desses, 5.337 são alunos beneficiados em 11 modalidades de bolsas de assistência estudantil.

A Lei de Cotas para o Ensino Superior (Lei nº 12.711/2012) foi sancionada em 2012, mas desde 2008 a Universidade tem o UFGInclui, iniciativa para ampliar o acesso ao ensino superior de indígenas e quilombolas, além de pessoas surdas. Mais recentemente, em 2022, foi instituída a Secretaria de Inclusão (SIN) da UFG, responsável pelo desenvolvimento, fortalecimento e concretização de políticas de inclusão para a comunidade acadêmica.

A partir da SIN são trabalhadas na Instituição questões como o reconhecimento das diferenças e da diversidade, inclusão das minorias e promoção da igualdade de oportunidades e de tratamento.

A Secom UFG lamenta o ocorrido e informa que o intuito da postagem era justamente o de destacar a inclusão e desmistificar uma antiga ideia de que só há estudantes de alta renda na Instituição. O conteúdo foi retirado logo depois da publicação, constatado que a mensagem não foi bem recebida pelos usuários“.