MÚSICA

Conheça e ouça cantores goianos que fogem do tradicional sertanejo

Goiás é conhecido por ser o berço dos cantores sertanejos. Amado Batista, Israel e Rodolffo,…

Conheça e ouça cantores goianos que fogem do tradicional sertanejo
(Foto: Reprodução)

Goiás é conhecido por ser o berço dos cantores sertanejos. Amado Batista, Israel e Rodolffo, Marília Mendonça, Bruno e Marrone e Thiago Brava são apenas alguns exemplos de artistas que se destacam nesse gênero. Contudo, nem só de sertanejo vive a música goiana. A terra do pequi também é palco para o rap, hip hop, rock, a música eletrônica e outros gêneros. Confira alguns artistas que têm se destacado:

DeVito Cxrleone

Cantor, produtor e compositor, Devito define seu gênero musical como uma junção entre o rap, o funk e o pop. O jovem tomou gosto pela música quando tinha apenas 11 anos. “Na infância eu amava filmes e desenhos de super heróis. Num dado momento os músicos se tornaram meus super heróis, daí eu ganhei um violão de aniversário e nunca mais parei”, diz o cantor.

As referências do artista são várias – e um tanto quanto distintas entre si. “Eu amo a Marília Mendonça! Desde o começo da quarentena estou ouvindo as músicas dela todos os dias, e ouvindo também Tribo da Periferia. Internacionalmente amei o novo disco novo da Lady Gaga, e muito rap gringo”.

Para Devito, ser um cantor não-sertanejo, é motivo de ansiedade. “As vezes bate uma insegurança enorme. Ultimamente, tenho estudado formas de misturar minha música com o sertanejo, com certeza tem coisa nova por vir”, diz, ansioso.

O cantor lançou recentemente o álbum Lovesongs P/ Cornos, que define como “uma grande brincadeira com Goiânia”. “Devo lançar singles até o fim do ano. Quando a quarentena acabar, quero vir com algo maior do que todos os projetos que lancei. Tô me ajustando em relação a execução disso no momento, muito trabalho há de ser feito”, comemora.

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Preto e Branco

O grupo de rap Preto e Branco, afirma ter uma pegada mais pop e underground, mas o estilo predominante dos trabalhos, é sempre o rap. Rafael Struziatto, um dos fundadores do grupo, diz que conheceu o estilo em 2009, com o trabalho do cantor Eminem. “Me apaixonei por aquela forma de expressão. Aí comecei a escrever sobre minha emoções e qualquer coisa que faça sentido. Em 2011 conheci meu parceiro de grupo, Lucas Camilo, e começamos a escrever juntos”, diz o cantor.

“Não sei qual foi o momento exato em que percebi que era aquilo que eu queria para a vida, mas sei que viver da música é meu maior sonho de vida”, acrescenta. Como inspiração, Rafael cita vários cantores e bandas.

“Emicida, Criolo, Rashid, Drik Barbosa, Fábio Brazza, Haikaiss, Coruja BC1, Cynthia Luz, DK 47, Gigante no Mic, 3030, e muitos outros. Também temos referência no pop, que é algo que gostamos de incorporar porque temos a Sarah Alessandra, integrante que canta muito. Internacionalmente, não posso deixar de citar J Cole, Post Malone, Kendrick Lamar, Beyoncé, Rihanna e, claro, Eminem”.

Struziatto lembra que Goiás já teve talentos no rap, como União Racial, Radicais MC’s, Testemunho Ocular, entre outros. “É um público que demanda rima de qualidade, que acompanha a cena, que busca valorizar artistas do estado. Tem muita gente com sede de rap“, afirma. O músico adianta que o Preto e Branco lançará até o fim do ano, duas novas músicas “com qualidade superior a qualquer outra coisa que já lançaram”.

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Brvnks

Já conhecida na cena underground há algum tempo, a cantora Bruna Guimarães carrega o nome artístico Brvnks (é brunks que fala, avisa ela no Instagram). A jovem começou a lançar músicas em 2016, alcançando visibilidade com o EP Lanches. A artista afirma que, no início, seu estilo musical era indie lo-fi com referência de surf-music, passando pelo indie rock e pelo synth.

“Para os próximos trabalhos acredito que vá ter uma mudança legal”, afirma. A cantora tomou gosto pela música desde pequena, por conta própria. “Com uns 11 anos peguei um violão emprestado, depois implorei por um de aniversário e acabei aprendendo a tocar sozinha. Acho que, como qualquer criança, eu tive esse sonho de ter banda, mas nunca achei que ia se concretizar”, afirma Brvnks.

As referências musicais da cantora variam: ela diz gostar de muitas coisas diferentes do som que produz, como Toro y Moi, Tyler the Creator, Steve Lacy, Courtney Barnett, Pinback e Pavement. Brvnks acha ainda que Goiás sempre teve um espaço legal pra quem faz som diferente do sertanejo.

“Acho que é mais questão do grupo em que você tá inserido. A gente exportou mais foi o sertanejo, mas eu por exemplo nunca fui num show desse gênero musical”. O último disco da artista, Morri de Raiva, completou um ano de lançamento. “Agora estou compondo músicas novas, pensando em convidados, coisas diferentes. Vai ser algo diferente e mais maduro. Acredito que tô num processo diferente e tomando as rédeas de tudo, vai ficar bem legal”, comemora.

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Arthu

Esse já é conhecido dos goianos. O cantor Arthur Henrique, o Arthu, já participou do reality The Voice Brasil, da TV Globo em 2018. Arthur diz que a paixão por música começou cedo, ao acompanhar a mãe ouvindo desde Celine Dion a canções gospel. “Com oito anos tive minha primeira experiência em um estúdio musical, na escola. Também cantava na igreja desde pequeno, tinha muito contato com palco”, relembra.

Aos 16 anos, o músico lançou a primeira música gravada em estúdio e começou a compor para outros cantores. “Foi aí que eu vi que era algo que queria fazer, que me preenchia. Comecei a cursar publicidade e propaganda, mas não tem jeito, música é o que quero levar para a vida. Também agradeço bastante aos meus pais, que sempre me incentivaram”, garante.

Sobre referências e gostos musicais, Arthu se diz eclético. “Gosto muito de Rihanna, Ariana Grande, Beyonce, Ne-you, Chris Brown, Justin Bieber, Iza, Tiago Iorc e Tuyo (banda curitibana)”. No dia 17 de julho o músico realizou uma live, onde cantou músicas de seu repertório e músicas que apresentou no The Voice Brasil.

O cantor avalia que sua participação no The Voice foi incrível. “Eu já cantava em Goiânia, já tinha um reconhecimento, mas o programa abriu muitas portas. Foi ali que muitas pessoas começaram a se interessar pelo meu trabalho”. Nessa quarentena, Arthu já fez covers de diversos hits internacionais, como My Future, de Billie Elish e Before You Go, de Lewis Capaldi.

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