DA NOSSA TERRA

Exposição de artista goiano, Siron Franco, é destaque na imprensa internacional

Exposição fica em exibição até o dia 3 de novembro, na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da Universidade de São Paulo

Exposição do artista goiano, Siron Franco, é destaque na imprensa internacional
Foto: Reprodução

A exposição “Garimpo: o carvão e o ouro” do artista goiano Siron Franco está chamando a atenção da imprensa internacional e se tornando um marco na discussão sobre a preservação do meio ambiente e os direitos dos povos indígenas. A instalação, em exibição na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin da Universidade de São Paulo (USP) até 3 de novembro, está atraindo olhares de todo o mundo.

A revista norte-americana Newcity Chicago descreveu a exposição como “de impacto”. A instalação principal, intitulada “Carvão e Ouro”, apresenta um campo retangular de troncos de árvores carbonizados, com riachos de ouro fluindo sobre o campo negro, criando um contraste visual notável. Brian Hieggelke, produtor cinematográfico e crítico da revista, destacou a impressão deixada pela obra, descrevendo-a como uma “expressão marcante” que desperta a atenção do espectador.

O artista Siron Franco utiliza espelhos na instalação para enfatizar a responsabilidade do capitalismo na destruição da Amazônia e na exploração desenfreada dos recursos naturais. A relação entre a arquitetura modernista de concreto da biblioteca e a instalação de Franco é descrita como “intrigante”, ressaltando a mensagem da exposição.

Outra obra de destaque na exposição é a escultura “Ponte Vertical: Braços e Mãos”, que se eleva por vários andares até o teto do prédio. Hieggelke a descreve como uma “representação intrigante”, destacando que a escultura é composta por membros humanos pretos e brancos, braços e mãos de manequins, transmitindo uma mensagem sobre as tendências autodestrutivas da humanidade. Os braços “decepados” com acabamento em ouro adicionam complexidade à obra.

A exposição “Garimpo: o carvão e o ouro” aborda temas importantes, como a destruição da Amazônia e a invasão ilegal da terra indígena Yanomami em Roraima. A curadoria da exposição é assinada pelo professor do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), Luiz Armando Bagolin, e pelo pesquisador Fabrício Reiner.

Serviço

Exposição Garimpo: o carvão e o ouro

Quando: até 3 de novembro, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira

Onde: Sala BNDES, no subsolo da Livraria Edusp, e na Praça Central do Espaço Brasiliana / Rua da Biblioteca, 21– Cidade Universitária, São Paulo