MÚSICA

Álbum do Dalai Lama estreia em primeiro lugar na Billboard; ouça

Lançado no início do mês de julho, o álbum “Inner world”, do líder espiritual do…

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"Inner world"  marca o 85º aniversário do guru tibetano e tem mantras e palavras de conforto misturadas à música (Foto: Matt Campbell / AFP)

Lançado no início do mês de julho, o álbum “Inner world”, do líder espiritual do Tibete, Tenzin Gyatso – o Dalai Lama -, entrou nas paradas de sucesso da revista Billboard. Foi uma boa estreia. O disco ficou em 1º lugar na lista “Nova era” da revista americana na semana passada, e figurou na 8ª colocação entre os álbuns que venderam o equivalente a 2 mil unidades, também na última semana, nos Estados Unidos.

Gravado por músicos neozelandeses, “Inner world”  marca o 85º aniversário do guru tibetano Dalai Lama e tem mantras e palavras de conforto misturadas à música. A citarista Anoushka Shankar, filha do lendário músico indiano Ravi Shankar, participa de “Ama La”, uma das músicas do álbum.

Segundo a agência de notícias Associated Press, “Inner world” foi o resultado da persistência de um dos músicos que participam do álbum, Junelle Kunin, que teria apresentado a proposta ao escritório de Dalai Lama anos atrás, sem sucesso. Somente em 2015, Kunin conseguiu entregar uma carta pessoalmente ao mestre, que se interessou no projeto.

Ouça o disco “Inner World”, de Dalai Lama:

Em abril de 2019, Dalai Lama foi hospitalizado com uma infecção no peito.  Muitos dos cerca de cem mil tibetanos que vivem na Índia ficaram preocupados que sua luta por uma pátria genuinamente autônoma termine com o líder do budismo tibetano.

Dalai Lama disse que é possível que quando ele morrer sua reencarnação ocorra na Índia. Ele também alertou que qualquer outro sucessor nomeado pela China não será respeitado.

A China, que assumiu o controle do Tibete em 1950, classificou o ganhador do Nobel de Paz como um perigoso separatista e disse que seus líderes têm o direito de aprovar o sucessor do Dalai Lama, como um legado herdado dos imperadores da China.

Mas muitos tibetanos — cuja tradição sustenta que a alma de um importante monge budista reencarna no corpo de uma criança — suspeitam que qualquer interferência chinesa seja uma manobra para exercer influência sobre a comunidade.