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Após revelar abuso quando criança, Marcelo Adnet é ofendido por militar

Em entrevista recente à revista Veja, o humorista Marcelo Adnet revelou já ter sofrido abuso…

Após revelar abuso quando criança, Marcelo Adnet é ofendido por militar
Marinha do Brasil respondeu Marcelo Adnet sobre o comentário de militar. "Um procedimento administrativo foi aberto para apurar os fatos" (Foto: Divulgação)

Em entrevista recente à revista Veja, o humorista Marcelo Adnet revelou já ter sofrido abuso sexual duas vezes quando era criança, aos 7 e aos 11 anos de idade. Segundo o ator, os episódios causaram traumas sérios em sua personalidade.

Após as revelações, Marcelo Adnet foi atacado na internet por um homem que se identifica como funcionário da Marinha.

“Só assim mesmo pra esse bosta aparecer. Deve ter gostado de dar a bunda, daqui a pouco se assume”, escreveu o indivíduo.

Marcelo Adnet então, publicou um tuíte endereçado à instituição: “Marinha do Brasil, seu membro acaba de exaltar o estupro contra menores. Alguma providência? Obrigado, no aguardo!”. Momentos depois, o perfil oficial da Marinha respondeu o ator.

“Prezado Marcelo Adnet, a Marinha do Brasil repudia qualquer atitude que ofenda a dignidade humana e ética. Um procedimento administrativo foi aberto para apurar os fatos em questão e adotar as medidas administrativas decorrentes”.

Por sua vez, o suposto funcionário da Marinha afirmou não ter sido o autor dos ataques.

“Venho aqui pedir desculpas pelo mal entendido. Alguém tem usado minha conta para proferir ataques e ofensas. Já tentei mudar a senha mas não adiantou. Nunca compactuei com esse tipo de ataque e me solidarizo com a situação”, publicou.

Abusos

“Fui abusado sexualmente aos 7 e aos 11 anos. Na primeira vez foi pelo caseiro de onde eu morava, nem sabia o que era sexo. Senti uma dor imensa, mas durou pouco porque meus parentes, que tinham ido ao mercado, voltaram para buscar a carteira”, relembra Marcelo Adnet.

O humorista afirmou que o caseiro o chantageava dizendo que mataria seu cachorro caso contasse algo para alguém. Já o segundo abuso foi praticado por um amigo mais velho da família.

“Ele não chegou a consumar o ato, mas me beijou e passou a mão no meu corpo. Só depois da morte dele, há cerca de dez anos, consegui contar à minha família. Após anos de análise, entendi que o constrangimento não é meu, e sim de quem me abusou”, disse Adnet.

*Com informações do portal UOL