ALVO DE CRÍTICAS

Blogueira que disse que racismo é “natural e instintivo” deixa Instagram

A conta da blogueira Luísa Nunes Brasil, com 50 mil seguidores, foi deletada do Instagram…

Blogueira Luísa Nunes Brasil: conta deletada do Instagram (Foto: Redes sociais)
Blogueira Luísa Nunes Brasil: conta deletada do Instagram (Foto: Redes sociais)

A conta da blogueira Luísa Nunes Brasil, com 50 mil seguidores, foi deletada do Instagram na noite da última sexta-feira (5) em função da saraivada de críticas que ela tem recebido nas redes sociais. Em post recente, Luísa disse que racismo é “natural e instintivo” porque negros “cometem mais crimes”.

(Atualização: ao meio-dia deste domingo, um novo perfil da blogueira já tinha 15 mil seguidores, nenhum post e acesso condicionado à liberação da dona). 

“Racismo vai existir enquanto a maior quantidade de crimes for cometida por pessoas negras. É um instinto de defesa da gente”, disse a blogueira nos stories do Instagram, na última quinta-feira (4).

“Estatisticamente falando, a maioria dos crimes é cometida pela população negra. Isso não quer dizer que todos são ruins, mas vai ser sempre natural, normal e instintivo do ser humano ter um pouco de racismo, julgar a pessoa pela raça”, continuou.

Luísa Nunes, que leciona um curso de desenvolvimento pessoal para mulheres chamado “Seja Mara”, cujo conteúdo vai desde “encontrar o príncipe encantado” a emagrecer, também disse nos stories que racismo é algo que “teremos que conviver” e usou estereótipos como exemplo.

“Se você está em um parque a noite, no escuro, e você vê uma pessoa andando, e essa pessoa é negra e tem os trejeitos de uma pessoa que parece ser um criminoso, você vai ficar com mais medo do que se você visse uma pessoa branca de terno e gravata”, comentou.

Vídeos da blogueira foram feitos em resposta ao movimento antirracista Black Lives Matter (Vidas Negras Importam), que eclodiu na semana passada após o assassinato de George Floyd nos Estados Unidos. O homem negro foi morto por um policial branco, que permaneceu com o joelho em seu pescoço durante sete minutos.