preconceito

Cacau Protásio receberá R$ 80 mil de indenização após ofensas em vídeo dos bombeiros do Rio

Membros da corporação fizeram comentários racistas, homofóbicos e gordofóbicos

Cacau Protásio receberá R$ 80 mil de indenização após ofensas em vídeo dos bombeiros do Rio racistas, homofóbicos e gordofóbicos
Foto: Reprodução

Lembra do caso da atriz Cacau Protásio, que após gravar cenas de um filme no QG do Corpo de Bombeiros do Rio foi alvo de ataques gordofóbicos e racistas de militares da corporação? Pois a Justiça do Rio elevou a indenização que o Estado terá de pagar a ela por danos morais: passou de R$ 30 mil para R$ 80 mil.

O caso aconteceu em novembro de 2019. Na época, a atriz fez uma série de vídeos para falar sobre os ataques racistas que recebeu após a gravação no Rio de Janeiro. A situação aconteceu depois de a artista gravar cenas do filme “Juntos e Enrolados” em um quartel no centro da cidade.

Depois disso, começaram a circular áudios e vídeos em que pessoas que se identificam como bombeiros reclamam da gravação no lugar e fazem comentários racistas, homofóbicos e gordofóbicos em relação à Cacau Protásio e ao elenco.

Em uma das mensagens, um homem diz: “Olha a vergonha no pátio do quartel central. Essa mulher do ‘Vai que Cola’, aquela gorda, colocou a farda e botou os dançarinos viados com roupa de bombeiro. Isso é um esculacho, rapaz. Qual é a desse comandante? Vai deixar uma put4ria dessas no pátio do quartel?”.

Em outro áudio, outro homem classifica a presença de Cacau Protásio no quartel como lamentável, fazendo uso de termos homofóbicos, gordofóbicos e racistas. “Vergonhoso. Mete aquela gorda, preta, filha da put4 numa farda de bombeiro, uma bucha de canhão daquela, com um monte de bailarino viado, quebrando até o chão. Vão achar que é o que? Bombeiro? Aquilo é tudo viado. Lamentável”.

Depois da repercussão, o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro afirmou que não compactua com “qualquer ato discriminatório” e disse que abriria um “procedimento interno” sobre o caso.