DA NOSSA TERRA

Conheça a história de John Avelino, o goiano que virou Rei de Bateria em escola de samba carioca

“O que me define quando estou à frente da bateria é a felicidade”, compartilha o goiano

Conheça a história do goiano que virou Rei de Bateria em escola de samba carioca
Foto: Reprodução

Natural de Goiânia, o cabeleireiro e maquiador, John Avelino, de 33 anos, se tornou uma figura de destaque no cenário do Carnaval carioca, conquistando o posto de Rei de Bateria da União de Jacarepaguá, na Série Prata. Sua jornada começou em 2015, quando um vídeo viralizou nas redes sociais, mostrando o goiano sambando sob a chuva enquanto a Estação Primeira de Mangueira desfilava.

A ligação de John com o Carnaval teve início na infância, quando realizou um trabalho escolar sobre a Caprichosos de Pilares, despertando seu interesse pela festividade. Ao atingir a maioridade, seu sonho se concretizou, e ele passou a integrar o universo do samba carioca.

Em entrevista ao Portal Terra, John compartilhou a essência de sua performance à frente da bateria: “O que me define quando estou à frente da bateria é a felicidade. Livre de qualquer amarra, livre de julgamentos. Estou ali para me divertir e fazer o melhor pela minha escola”.

O vídeo que viralizou em 2015 foi o ponto de partida para John intensificar sua presença no Carnaval. Ele estreou como semi-destaque de alegoria pela Unidos da Tijuca em 2016. Em 2019, conquistou o título de Rei de Bateria na Lins Imperial, compartilhando a posição com a digital influencer Katarina Harmony.

Além de sua habilidade no samba, John Avelino tornou-se um símbolo de resistência ao preconceito e ao racismo. Em suas palavras, ele destaca: “Tudo o que conquistei foi resistindo ao preconceito e ao racismo. Por ter a coragem de enfrentar desafios, me coloco em uma posição de inspiração para outras pessoas”.

Na história do Carnaval carioca, John é o primeiro a alcançar o posto de Rei do Carnaval sem dividir o protagonismo com uma rainha de bateria. Ele enfatiza a importância do papel das rainhas e descarta disputas internas: “Não podemos construir uma história negando o legado de quem já contribuiu para o Carnaval”.