Especial

Crítica: Space Jam – O Jogo do Século (1996) – Especial Looney Tunes

No começo das animações, a Disney era o referencial na indústria e enchia os olhos…

(Foto: Reprodução/Warner Bros)

No começo das animações, a Disney era o referencial na indústria e enchia os olhos pelo realismo exigido pelo próprio Walt Disney. Mas após a Segunda Guerra Mundial, o realismo já não encantava mais e as pessoas começaram a buscar escapes mais lúdicos e que pouco lembrassem da realidade tumultuada, e ainda machucada, do mundo real. Daí, os Looney Tunes ganharam força total com um estilo de desenho totalmente fora da realidade com obras que não buscavam nenhum tipo de lógica ou senso.

E esta é uma das características que mais amo nos Looney Tunes: a catarse non-sense cheia de metalinguagem que não poupa os personagens, os realizadores e nem mesmo o público das piadas. É pura loucura e ao mesmo tempo pura diversão. Após o sucesso de “Uma Cilada Para Roger Rabbit” (1988), que mesclava atores de verdade com desenhos (uma prática não iniciada pelo filme, mas que foi solidificada pelo sucesso do mesmo), a Warner Bros. já buscava levar para o mundo híbrido de realidade e desenho os seus personagens icônicos. Levou tempo e “Space Jam” chegou aos cinemas em 1996 marcando a primeira aventura live-action do universo Looney Tunes.

O estúdio aproveitou a aposentadoria e a fama imensa do jogador de basquete Michael Jordan para construir uma história que coloca Jordan ao lado de Pernalonga, Patolino e cia. para um jogo de basquete em prol de suas vidas. Na trama, temos alguns seres alienígenas que desejam capturar os Looney Tunes para fazê-los trabalhar em um parque de diversão em outro planeta. A aposta acerca do destino dos personagens se dá em um jogo de basquete cujo resultado definirá para sempre o destino do grupo animado. Ao mesmo tempo em que temos uma trama familiar envolvendo Michael e seu filho.

“Space Jam: O Jogo do Século” foi um marco da minha juventude. Sempre gostava de assistir quando passava na televisão, e revendo hoje, o filme continua pura diversão com ritmo, insanidade e catarse lúdica habituais dos desenhos da Warner. A mescla de humanos com desenhos sempre soou estranha para mim (ainda hoje), mas deixando a chatice de lado o saldo geral é bastante positivo. O filme não deixa de ter a essência dos desenhos e abusa de tudo aquilo que fizeram dos Looney Tunes tão marcantes. Sem falar que fomos introduzidos aqui para uma das minhas canções favoritas: “I Believe I Can Fly”.

Space Jam/EUA – 1996

Dirigido por: Joe Pytka

Com: Michael Jordan, Bill Murray, Del Harris…

Sinopse: Alienígenas querem que Pernalonga e sua turma tornem-se a principal atração de um parque de diversões. Prestes a ser capturado, Pernalonga propõe jogo de basquete em troca de sua liberdade. E para enfrentar o temível time dos Monstars alienígenas, o coelho convoca um importante reforço do basquete americano.

Mr. Movie: Space Jam (1996) (Movie Review)