Ex-presidente do Grammy acusa Academia e processo para indicação de artistas

A ex-presidente do Grammy, Deborah Dugan, que deixou o cargo na última semana, fez recentemente uma série de acusações contra a Academia. Segundo a Variety, Deborah cita um comitê secreto e afirma que os cantores Ed Sheeran e Ariana Grande ficaram de fora da categoria Música do ano em 2019 para o favorecimento de outros artistas por parte do conselho.

Segundo a CNN, Dugan entrou com processo na Comissão de Igualdade no Mercado de Trabalho (EEOC), alegando que foi afastada após enviar um e-mail para o departamento de recursos humanos da Academia denunciando casos de assédio sexual.

“A decisão de afastar a Sra. Dugan foi tomada em retaliação a sua denúncia, e veio junto de ameaças veladas de demissão definitiva caso ela continuasse exigindo justiça”, diz o texto do processo, que alega que a própria Dugan foi vítima de assédio.

Entre as denúncias de Deborah, ela diz que membros dos “comitês secretos” escolhem os artistas indicados com os quais possuem algum tipo de relacionamento.

Resposta do Grammy

Em resposta, a organização diz que quem foi alvo de reclamações foi Dugan. Funcionários teriam alegado que ela criava “um ambiente tóxico de trabalho, marcado por comportamento abusivo e bullying“.

A Academia não negou que a executiva fez denúncias de assédio sexual para o departamento de recursos humanos. Contudo, disse que, em seu e-mail, Dugan incluiu uma instrução para que a administração “não tomasse nenhuma providência”. O Grammy disse que, ao invés de acatar o pedido, lançou uma investigação independente sobre as denúncias.

A organização garantiu que o espetáculo da premiação, que acontece em 26 de janeiro, continua confirmado.

*Com informações do site UOL