Goiânia exporta curta-metragem de terror para Festival de Tiradentes
O curta-metragem de horror goiano Guará estreia na 22ª Mostra de Tiradentes. O festival ocorre…
O curta-metragem de horror goiano Guará estreia na 22ª Mostra de Tiradentes. O festival ocorre entre os dias 18 e 26 de janeiro, na cidade histórica de mesmo nome, no interior de Minas Gerais. O evento é considerado uma das principais janelas para os trabalhos dos cineastas do País.
As produções exibidas em Tiradentes são alvo de críticos de cinema e produtores de festivais de todo o Brasil. “Participar desse Festival é um chance muito grande de ser visto por muita gente que produz cinema. O nosso filme vai passar na Praça, ao ar livre, para moradores e turistas da cidade. Com certeza vai ser uma experiência única”, afirma um dos diretores de Guará, Fabrício Cordeiro. Ele assina a direção de Guará com Luciano Evangelista.
O filme participa da Mostra da Praça no dia 22 de janeiro. Guará traz a história de um lobisomem-guará que que aterroriza as ruas de Goiânia, com sangue e horror na tela. “A gente queria jogar com as autoridades que são respeitadas na sociedade mas que geralmente abusam do poder, enfrentamos isso com sangue e horror, numa brincadeira de um monstro pelas ruas de Goiânia”, brinca Luciano Evangelista.
O filme foi realizado com recursos do edital de fomento ao audiovisual da Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia. É uma realização da produtora goiana de cinema Bebop Filmes, com apoio da Dafuq Filmes.
A produção estreia ao lado de outras seis goianas, dentre elas o longa-metragem Vermelha, de Getúlio Ribeiro. Este deve ser o destaque da Mostra Aurora, a principal. A curadoria do evento afirmou que, pelo segundo ano consecutivo, uma estreia goiana demonstra a vitalidade dos cenários de produção regionais, “com talentos maduros e novas inquietações”.
Quem tem medo do Lobo Mau?
O personagem principal de Guará é encenado pelo ator goiano Rodrigo Cunha, que assume uma forma meio-humana, meio-monstra. Segundo os diretores, o filme não seria possível sem a atuação dele, devido ao desenvolvimento de uma animalidade corporal para incorporar a figura do lobisomem-Guará.
Principalmente porque o ator já tinha experiências em peças teatrais anteriores com esse mesmo estilo, como por exemplo, Espécie (2012) e Origens (2017). “Eu utilizei uma técnica chamada ‘matriz corporal da animalidade do lobo’. Mas a ‘ginástica natural’ também foi muito importante. Isso porque vários músculos e reações do corpo e da voz precisam aparecer na lente de forma agressiva e muito nítida”, explica Rodrigo.
Tem na Netflix?
Em um primeiro momento, de acordo com Evangelista, Guará ficará restrito às mostras e festivais. “O curta circulará por dois anos e, provavelmente só estará disponível em plataformas online [como o YouTube e o Vimeo] em 2021”, ressalta.
A postura foi adotada porque, geralmente, festivais dão preferência a filmes “exclusivos”, que não estejam “facilmente” acessíveis. Por isso, é esperado que algumas produções fiquem um tempinho longe da internet.
Outros selecionados
No ano passado, o longa-metragem que estreou em Tiradentes foi Dias Vazios, de Robney Bruno. Em 2019, o diretor participa da mostra Jovem, com o curta Além dos Muros. Outro destaque pode ser dado ao documentário Kris Bronze, dirigido por Larry Machado. O filme já foi premiado em três mostras goianas: Mostra ABD-GO, durante o FICA de 2018; Festival de Documentários Piridoc; e no Favera. No Ceará, recebeu prêmio de melhor elenco e júri da crítica no Festival do Audiovisual Universitário (NOIA).
Na Mostra Infantil de Tiradentes, participa o curta-metragem goiano A Natureza Agradece, de Ana Maria CordeirO. E, na Mostra Formação, O Cego da Casa Amarela, Joachim Nadar & Lemuel Gandara.