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Movimento #MeToo tirou do poder mais de 200 homens acusados de assédio

O New York Times publicou um relatório informando que, desde a ascensão do movimento #MeToo, mais…

O New York Times publicou um relatório informando que, desde a ascensão do movimento #MeToo, mais de 200 homens perderam seus cargos de privilégio em Hollywood, após outras acusações ligadas a abuso sexual. Foram exatos 201 empregos perdidos por homens que abusaram do poder no último ano, acarretando ainda um aumento de 43% de cargos ocupados por mulheres. Das 124 substituições, foram contratadas 54 mulheres e 70 homens.

Entre os denunciados estão Harvey Weinstein (produtor de Hollywood), Roy Price (então presidente de cinema e TV da Amazon), Kevin Spacey (ator), Matt Lauer (jornalista), entre outros. Os 201 homens que sofreram algum tipo de punição pelos seus atos foram acusados por um total de 920 denunciantes, entre homens e mulheres.

Acusações

A primeira acusação do movimento se deu contra Harvey Weinstein, em 2017. O produtor foi acusado de assédio sexual por Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Cara Delevigne, Ashley Judd, Rose McGowan, Zoe Brock, Lucia Stoller, Louisette Geiss entre outras. Georgina Chapman, esposa de Weinstein, pediu divórcio após dez anos de casamento. Membros do Oscar o expulsaram da academia e ele também foi demitido da empresa que ele mesmo criou, a The Weinstein Company.

Kevin Spacey foi acusado de assédio sexual por vários homens, inclusive por menores de idade. Spacey assumiu sua homossexualidade e disse que procuraria ajuda. O ator foi afastado de ‘House Of Cards‘, série a qual interpretava o protagonista.

O movimento

O #MeToo é um movimento contra o assédio sexual e a agressão sexual, espalhado em outubro de 2017 nas mídias sociais em uma tentativa de repudiar agressão sexual e assédio, especialmente no local de trabalho. A ativista social Tarana Burke, começou a usar a frase “Eu também” em 2006, e a frase foi mais tarde popularizada no twitter pela atriz americana Alyssa Milano. Milano e Michael Baker encorajaram as vítimas de assédio sexual a twittar sobre isso, e o movimento teve adesão inclusive de celebridades, como Gwyneth Paltrow, Jennifer Lawrence e Uma Thurman.

Centenas de mulheres formaram uma rede de apoio a favor de trabalhadoras desfavorecidas, e a organização passou a pedir também por melhores condições de trabalho e equiparação salarial.