Música

“O mercado está abraçando a música eletrônica”, afirma Dj EME

Neste domingo (14), o DJ EME tocará em Goiânia pela primeira vez. Quer dizer, pela…

Neste domingo (14), o DJ EME tocará em Goiânia pela primeira vez. Quer dizer, pela primeira vez em um evento aberto – até então, ele só fez shows privados na capital. Ele é uma das atrações do No Pelo 360º, que também terá a dupla sertaneja Hugo e Guilherme e o cantor Dilsinho.

EME é o nome por traz dos sucessos de Tropical House Deixa Ser. Ambas as faixas alcançaram bons números nas plataformas digitais e entraram nas listas das mais ouvidas do Spotify. Esta segunda faixa, por exemplo, já alcançou a marca de 2 milhões de plays.

boom veio com Felicidade, sucesso durante o Carnaval no Brasil. E, para continuar nas paradas, tem uma parceria com Zeeba (vocais do hit Hear Me Now, assinado por Alok). Segundo ele, a faixa deverá seguir a mesma linha, mas com “alguns elementos surpresa”.

“Estou bastante animado [para tocar em Goiânia]”, contou EME em entrevista ao Mais Goiás. Para o repertório, o artista disse ter preparado algo especial para a capital do sertanejo. “Podem esperar uma mistura boa com a música eletrônica. Com certeza vai ter supresa para o povo goiano”, sublinhou.

EME não é totalmente inédito ao mundo do sertanejo. Ele já tem no currículo apresentações nos festivais Caldas Country, Barretos e em algumas edições do Villa Mix pelo Brasil. Quando perguntado sobre a possibilidade de tocar no Villa Mix Goiânia – que acontece nos dias 29 e 30 de junho – ele foi misterioso: “Será? (risos)”.

(Foto: Divulgação)

Como EME enxerga o mercado eletrônico no Brasil?

O interesse pelas pick-ups começou quando o DJ de 20 e poucos anos estava na adolescência, quando pediu um equipamento emprestado a um amigo e começou a aprender a manuseá-lo em casa, sozinho. Hoje, o mercado é outro e artistas da música eletrônica figuram nas listas de canções mais tocadas do Brasil e têm cada vez mais abertura em festivais.

“De 2 anos pra cá podemos dizer que a música eletrônica se tornou mais popular”, afirmou EME. “O mercado está cada vez mais abraçando a música eletrônica, acho que é o momento de produzirmos cada vez mais faixas de qualidade para sermos reconhecidos e começarmos a ser referência”, completou.

EME, entretanto, reconhece que apesar da evolução da música eletrônica no mercado fonográfico brasileiro, ainda há empecilhos, mas que “a força de vontade e o bom trabalho superam as adversidades”.

Há ainda outros artistas que não conhecem o trabalho de um DJ. A sertaneja Roberta Miranda, por exemplo, durante uma apresentação de Alok no Domingão do Faustão, usou as redes sociais para criticar o trabalho de um disc jockey. “Perguntei: ‘Alguém poderia me responder qual o trabalho do DJ?’. Resposta: ‘Apertar o botão’. Obrigada!”, escreveu ela.

Alok respondeu às críticas da cantora e afirmou que ainda há preconceito com quem trabalha com música eletrônica. EME disse que não responderia a afirmações deste tipo. “Como em todo trabalho, há preconceito e pessoas leigas. Acho que nunca devemos opinar nada sem estudar, entender a rotina e saber a luta de cada profissão”, pontuou.

(Foto: Reprodução/Facebook)