Paul Haggis, diretor de ‘Crash’, é condenado por estupro e abuso sexual nos EUA

O diretor, produtor e co-roteirista de “Crash – No Limite”, Paul Haggis, foi considerado responsável por três acusações de estupro e abuso sexual.

O vencedor do Oscar foi acusado em uma ação civil movida pela ex-publicitária freelance Haleigh Breest, que alegou que Haggis fez sexo com ela à força em 2013, após uma festa de exibição de filmes. Breest recebeu US$ 7,5 milhões em compensação e danos punitivos recomendados, conforme relatado pelo site Deadline.

No julgamento recente, Breest alegou que Haggis a forçou a se submeter a relações sexuais e fazer sexo oral nele enquanto a penetrava. O juiz de Nova York decidiu que Haggis era responsável por estupro em primeiro grau e duas acusações de abuso sexual e ato sexual criminoso em terceiro grau.

Breest processou Haggis em 2017 e chegou a uma decisão histórica com a Divisão de Apelação da Suprema Corte do Estado em Manhattan em 2019 que a agressão sexual pode ser categorizada como um crime de ódio contra o gênero. A lei, intitulada Lei das Vítimas de Violência Motivada pelo Gênero, afirma que um crime violento “cometido por causa do gênero ou com base no gênero, e devido, pelo menos em parte, a um animus baseado no gênero da vítima” é um crime civil e violação de direitos.

Haggis testemunhou que o sexo foi consensual e iniciado por Breest, argumentando que as alegações de Breest só surgiram na esteira do movimento #MeToo. Haggis apresentou uma teoria da conspiração ligada à sua saída em 2009 da Igreja da Cientologia. Leah Remini e a filha de Haggis, Alissa Haggis, testemunharam em defesa de Haggis que a Igreja tem como missão difamar seus ex-membros.

A advogada de Haggis, Priya Chaudhry, afirmou que há “fortes evidências circunstanciais” de uma conspiração da Cientologia e que as acusações do #MeToo “o destruíram completamente”. Chaudhry anteriormente representou a estrela de “The Real Housewives of Salt Lake City” Jen Shah em um esquema de fraude de telemarketing do qual Shah se declarou culpado.

Haggis anteriormente co-escreveu o filme de James Bond, “Casino Royale”, “A Conquista da Honra” e o vencedor do Oscar “Menina de Ouro”. Recentemente, ele escreveu episódios de “Walker”. Haggis está atualmente em pré-produção de uma adaptação do romance de Jon Flanagan “O Aprendiz de Ranger” e também escrevendo “A Julieta”, uma adaptação do conto de Alfred Bester “Fondly Fahrenheit”.