Roman Polanski volta a correr risco de extradição

O caso de abuso sexual infantil contra o cineasta Roman Polansky pode ter um novo desenvolvimento. Se arrastando desde 1978 quando o diretor fugiu para a Polônia, o ministro da justiça polonês agora pode rever uma decisão do ano passado que rejeitou o pedido de extradição feito pelos EUA contra o diretor. Segundo o Deadline, o ministro Zbigniew Ziobro disse em uma rádio polonesa que entrou com recurso na suprema corte para derrubar a decisão: “Se ele fosse um cara comum, um médico, um professor, um pintor, um encanador, eu tenho certeza que qualquer país já o teria extraditado para os EUA há séculos”.

 

O atual governo polonês é mais conservador e duro e fundiu o cargo de ministro de justiça com o de procurador-geral para aumentar o poder e a autoridade da posição. Desde a decisão a favor de Polanski em outubro do ano passado, Ziobo tem sido bastante vocal contra o decreto, mas esta é sua primeira ação no sentido de contorná-la. Na televisão local,a Reuters reporta, o advogado do diretor se manifestou: “Eu garanto que se não houvessem fatos comprovados para nosso lado, a celebridade de Roman nunca teria sido o bastante para protegê-lo de uma extradição”.

 

O processo começou em 1978 para um caso que teria acontecido em 1977 quando o diretor teria feito sexo com uma garota de 13 anos. Na época, ele fez um acordo, passou 40 dias na prisão e depois fugiu dos EUA antes de ser sentenciado e vive na Polônia desde então. O diretor de O Pianista e Chinatown agora tem 84 anos.