STJ julga se Luiza Brunet teve união estável com empresário; entenda caso de agressão sofrida por modelo
Empresária tenta provar à última instância da Justiça que estava em união estável com o bilionário Lírio Parisotto quando foi violentada por ele
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) julga, na manhã desta terça-feira, o processo movido pela modelo Luiza Brunet contra o empresário Lírio Parisotto. A também empresária e ativista dos direitos das mulheres tentar provar à Corte que se encontrava em união estável com o bilionário na época em que foi agredida, o que lhe daria direito à divisão de bens. A ação já foi duas vezes indeferida em tribunais de São Paulo.
Parisotto foi acusado, em maio de 2016, de agredir fisicamente Brunet durante uma viagem romântica dos dois a Nova York, nos Estados Unidos. Na ocasião, Luiza recebeu um soco do ex-companheiro no olho esquerdo e relata ter sido chutada várias vezes. Além das lesões na face, ela afirmou ter tido quatro costelas quebradas.
O episódio aconteceu às vésperas do aniversário de 54 anos da atriz. O casal estava junto desde 2012, quando se assumiram publicamente. Em entrevista ao GLOBO, em 2019, ela contou que as agressões começaram a partir do segundo ano de convivência, tanto física como verbalmente. Ao todo, o relacionamento durou cinco anos, mas Brunet revelou que amava o empresário e acreditava quando Lírio Parisotto dizia que iria parar de agredi-la.
O fundador da petroquímica Innova, antiga Videolar, foi condenado em primeira instância por agressão, em junho de 2017. Quase dois anos depois, em fevereiro de 2019, a decisão foi mantida durante um novo julgamento no Tribunal de Justiça de São Paulo.
No dia do parecer, Luiza estava em reunião para uma campanha de prevenção e combate à violência doméstica, e comemorou o resultado em suas redes sociais. “Finalmente se fez justiça. Esse é um momento de vitória para as mulheres”, celebrou em um post compartilhado com os seguidores no Instagram.
Lírio Parisotto foi enquadrado na Lei Maria da Penha. Apesar disso, foi condenado apenas a prestar serviços comunitários e a pagar cestas básicas. Em 2020, Luiza tentou provar ao STJ o status que mantinha com o bilionário, mas a Suprema Corte negou o pedido de união estável. Consequentemente, a partilha de bens também foi negada.
Símbolo do combate à violência contra a mulher desde o episódio em questão, Luiza Brunet chegou a ser convidada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para participar de uma campanha internacional contra a violência doméstica, em 2018.