HOMENAGEM

80 escritos de Pelé nos 80 anos do Rei

Pelé, notoriamente o melhor jogador da história, completa oito décadas de vida nesta sexta-feira (23).…

Pelé, notoriamente o melhor jogador da história, completa oito décadas de vida nesta sexta-feira (23).

Nascido Edson Arantes do Nascimento, na cidade mineira de Três Corações, filho de Dondinho e Celeste, irmão mais velho de Zoca e Maria Lúcia, o campeão de três Copas do Mundo é também conhecido como o Atleta do Século (o século 20) e como o Rei do Futebol.

Jogador completo, chutava bem com as duas pernas, cabeceava com precisão, dava arrancadas impressionantes com a bola grudada aos pés, batia faltas com violência e pênaltis com a famosa “paradinha”. Suas bicicletas eram plasticamente perfeitas, e a capacidade de antever as jogadas era única, possivelmente a mais apurada entre todos os que já jogaram.

Autor de mais de 1.280 gols, ao fazer o que ficou conhecido como o milésimo, no dia 19 de novembro de 1969, contra o Vasco no Maracanã, convertendo um pênalti, o mais famoso camisa 10 deu a declaração que talvez seja a mais marcante de sua vida:

“Pelo amor de Deus, o povo brasileiro não pode esquecer das crianças, as crianças necessitadas, as casas de caridade. Vamos pensar nisso, não vamos pensar só em festa. Pelo amor de Deus, olha o Natal das crianças, olha o Natal das pessoas pobres, dos velhinhos cegos. Tem tantas instituições de caridade aí. Pelo amor de Deus, vamos pensar nessas pessoas, não vamos pensar só em festa. Ouçam o que eu estou falando, um apelo, pelo amor de Deus. Muito obrigado”.

Porém Pelé teve muito mais a dizer. Ou a escrever.

No primeiro semestre de 2006, a editora Sextante lançou uma autobiografia dele “Pelé, A Autobiografia”), a qual reli nesta semana com a proposta de compilar as 80 passagens mais marcantes, ou interessantes, ou curiosas, ou emotivas, ou pitorescas, em homenagem aos 80 anos dessa lenda viva.

O resultado –nem sempre apenas uma frase, às vezes mais de uma no mesmo trecho para relembrar um momento ou episódio, ou para fazer um comentário ou uma observação– está exposto a seguir.

Capa do livro “Pelé, A Autobiografia”, de 2006 (Reprodução)

Capa do livro “Pelé, A Autobiografia”, de 2006 (Reprodução)

“Acho engraçado assistir às partidas antigas, em que os jogadores tinham as coxas inteiras à mostra. Hoje em dia, sem dúvida, é mais elegante.”

“Uma bola bem passada para um atacante é rigorosamente tão importante quanto o gol em si.” (Sobre a importância da assistência no jogo de futebol)

“Lembro-me de que em várias ocasiões a única refeição que a minha mãe tinha para nos servir era pão com uma fatia de banana.” (Sobre a infância pobre)

Estátua exposta pela CBF em homenagem aos 50 anos do tricampeonato mundial e aos 80 anos de Pelé (Foto: Fernando Torres/CBF)

“Por volta de sete ou oito anos, eu estava apaixonado por aviões e queria ser piloto. (…) Queria desesperadamente me tonar aviador.”

“Pepe, meu companheiro de time, gostava de contar a história de como, certa vez, me levantei no meio da noite, gritei ‘Gol!’ e depois voltei para a cama.” (Sobre seu sonambulismo)

“Devo tudo o que tenho ao futebol. Perto do fim da minha carreira no Santos houve até um período em que passei a assinar o meu nome como ‘Edson Arantes do Nascimento Bola’.”

“Eu era difícil. Brigava com os colegas de classe, não tinha disciplina. Bem que mereci alguns castigos, mas acho que as punições que recebi foram excessivas.” (Sobre a escola primária)

“Diziam que eu era magro demais, e era verdade: eu era mesmo miudinho e magricela quando menino.”

“Não tínhamos (…) uma bola; precisávamos fabricar uma enchendo uma meia ou um saco de pano com papel amassado ou retalhos de tecido, depois moldando-o da melhor maneira possível até que lembrasse a forma de uma esfera.” (Sobre a falta de dinheiro que impedia, quando garoto, de comprar uma bola)

“Muita gente imagina que, como eu marcava muitos gols, era um atacante puro e simples. Mas nunca fui. Eu era um meia que atacava, uma espécie de centroavante recuado.”

“No Santos, durante algum tempo, fui chamado de Gasolina. O apelido agradou aos companheiros de time. Eu ficava imaginando: será que pega? Felizmente não durou.”

“Achava que o nome Pelé soava mal. Era tolo, não fazia sentido. Edson parecia tão mais sério e importante. Então, quando alguém dizia “Ei, Pelé”, eu respondia de mau humor e ficava bravo” (Sobre a relutância inicial ao apelido)

“Eu conhecia toda a escalação do time brasileiro. Gostava especialmente de Ademir, que era o artilheiro da Copa do Mundo, de Zizinho e de Barbosa, o goleiro.” (Sobre a seleção brasileira de 1950)

“Um dia vou ganhar a Copa do Mundo para o senhor.” (Promessa a Dondinho após a derrota para o Uruguai na partida decisiva da Copa de 1950)

“Posso não ter inventado a bicicleta, mas mesmo quando garoto achava fácil marcar gols dessa maneira. Fiz uma porção de gols de bicicleta.”

“Desde que começara a jogar em Bauru, dividia meu tempo entre correr atrás da bola e correr atrás das meninas.” (Sobre sua outra paixão na vida, as mulheres)

Passaporte de Pelé (Arquivo pessoal)

Passaporte de Pelé (Arquivo pessoal)

“Até então eu torcia mais para o Corinthians, mesmo sem nunca ter visto o time jogar.” (Antes de jogar pelo Santos)

“Parti para a cobrança, mas chutei por cima do travessão e perdemos o título. Fiquei desolado. Os torcedores vaiaram. Chorei de forma inconsolável.” (Sobre pênalti desperdiçado em final do sub-16, contra o Jabaquara)

“Durante um ano, aprendi caratê, que foi muito importante: me ensinou a cair e saltar. Depois disso, aprendi judô, que me ajudou a aprimorar o equilíbrio e a agilidade.” (No início no Santos)

“As suecas nos adoravam, especialmente os jogadores negros. Acho que éramos uma novidade.” (Sobre a estadia na Suécia durante a Copa de 1958)

“Sabia que, se perdêssemos, seríamos eliminados. E aquele gol foi, quem sabe, o mais inesquecível da minha carreira.” (Sobre o gol contra País de Gales, nas quartas de final da Copa de 1958)

“O Paris-Match publicou uma reportagem de capa logo depois da vitória, dizendo que havia um novo rei na área. O termo pegou, e em seguida eu comecei a ser chamado de Rei Pelé” (Depois da conquista da Copa de 1958)

Par de chuteiras usado por Pelé em 1970 (Foto: Shutterstock)

Par de chuteiras usado por Pelé em 1970 (Foto: Shutterstock)

“Durante o jogo [contra o Corinthians) eu estava convencido de que ela estava na plateia e passei mais tempo procurando seu rosto nas arquibancadas do que vigiando a bola.” (Aos 17 anos, encantado com Rosemeri, que se tornaria sua primeira esposa)

“Já lutei pelo meu país. Com certeza não preciso ir para o Exército para fazer o mesmo outra vez.” (Relutante em servir as Forças Armadas após defender o Brasil na Copa de 1958)

“Em nove ocasiões joguei duas partidas em 24 horas, e uma vez cheguei a jogar três em 48 horas!” (Sobre o calendário insano em 1959, ano em que participou de 103 jogos)

“Peguei a bola junto à nossa grande área e comecei a correr com ela em direção ao gol do Fluminense. Um jogador veio tentar me desarmar, depois outro, um terceiro, um quarto, um quinto, um sexto… Eu driblei todos eles antes de passar pelo goleiro também.” (Descrevendo o gol no Maracanã que ficou conhecido como “de placa”)

“Não aceitei, e tampouco o Santos estava disposto a me negociar (diz a lenda que o Congresso brasileiro me declarou oficialmente um ‘tesouro nacional não exportável’).” (Sobre proposta da Inter de Milão recusada no começo dos anos 1960)

“A maioria dos jogadores entrou em pânico, mas eu não me alterei. Acredito em Deus: se tínhamos de morrer, então que morrêssemos.” (Sobre a turbulência no voo da seleção para a disputa da Copa do Chile, em 1962)

“Lembro-me de momentos em que precisei sair do campo para amarrar as chuteiras e, enquanto estava agachado lá, um zagueiro não desgrudava de mim, mãos na cintura, supervisionando tudo.” (Sobre exagerada marcação homem a homem em uma partida)

“Gritavam ‘Macaquitos de Brasil’ para nós –isso mantinha a nossa adrenalina circulando, embora eu nunca tenha me incomodado de verdade com esses gritos de guerra racistas.” (No jogo na Bombonera, em Buenos Aires, contra o Boa Juniors, na final da Libertadores de 1963)

“É claro que existe racismo no Brasil, mas tive a sorte de ficar famoso e rico ainda jovem, e as pessoas tratam você de maneira diferente  quando você tem dinheiro e é uma celebridade.”

“Ganhei muito dinheiro a minha vida inteira, mas a verdade é que nunca aprendi a fazê-lo render como algumas pessoas fazem. Eu era bom no futebol, não nos negócios.”

“Este sempre foi o meu problema: confio demais nas pessoas.” (Sobre perdas financeiras ao fazer em parcerias em seus negócios)

“[John] Lennon estudava japonês na mesma escola. Eu conversava com ele no corredor, entre as aulas, almoçávamos juntos, e uma vez a Yoko [Ono] veio buscá-lo na saída.” (Sobre convívio com o ex-beatle em Nova York, em escola de inglês, nos anos 1970)

“Nunca fui capitão –nem do Santos, nem do Cosmos, nem do Brasil. Sempre expliquei às comissões técnicas dos meus times que, como Pelé, eu já tinha o respeito dos jogadores e do público, além da atenção do juiz.”

“Fiquei arrasado por não ter tido a oportunidade de jogar em Wembley –nunca joguei lá, nem em amistoso.” (Sobre a eliminação do Brasil na Copa de 1966, na Inglaterra, e o mítico estádio londrino)

“A única solução foi uma medida sem precedentes: expulsar o próprio Chato. E, com o árbitro expulso, eu pude ser ‘desexpulso’.” (Sobre jogo em Bogotá pelo Santos em que o juiz Guillermo “Chato” Velázquez o expulsou, causando imensa revolta na torcida)

“Assim que entrou, a rainha veio diretamente até mim com um grande sorriso e começou a conversar, dizendo que era um prazer me conhecer e que o marido dela, o príncipe Philip, era um grande fã meu. (…) Ela foi absolutamente encantadora.” (Sobre encontro com a rainha Elizabeth, da Inglaterra, no Maracanã em 1968)

Bola utilizada no gol mil de Pelé (Foto: Divulgação)

“Dizem que realmente houve um cessar-fogo de 48 horas por nossa causa, e os meus companheiros de equipe lembram-se de ver bandeiras brancas e cartazes anunciando que a paz seria feita só para ver o Pelé jogar.” (Jogo em 1969, na Nigéria, cujo governo estava em guerra civil com a região de Biafra)

“Meu chute já tinha deixado o goleiro batido quando, vindo do nada, um zagueiro se projetou e, em cima da linha aliviou a bola para longe. Só que, em vez de aplaudir, o estádio inteiro começou a vaiar. Foi surreal.” (Em jogo contra o Bahia, em Salvador, quando rival impediu o que seria o milésimo gol)

“O truque ficou conhecido como ‘paradinha’, porque eu corria para a bola e dava uma ligeira parada enquanto levantava a cabeça, antes de chutar.” (Sobre a estratégia usada nos pênaltis, a fim de saber para que lado o goleiro iria)

“Era o aniversário da minha mãe naquele dia, e talvez eu devesse ter dedicado o gol a ela. Não sei por que não pensei nisso. Na hora me vieram à cabeça as crianças.” (Sobre ter se esquecido de Dona Celeste no gol mil)

“Depois de tudo que conquistara, depois do escarcéu que tinham feito com os meus mil gols, eu não ia deixar o palco do futebol internacional por baixo.” (Sobre de rever a decisão de não mais jogar pela seleção e atuar na Copa de 1970)

“Uma porção de jogadores é um pouquinho míope, e no meu caso, pelo menos, isso nunca foi problema. Hoje eu brinco que, se não tivesse a vista curta, teria marcado 2.000 gols.”

“Sempre fui religioso. (…) Tudo o que sou e tenho devo a Deus. A minha fé me ajudou ao longo do meu caminho. Tenho respeito por todas as religiões que acreditam em Deus.”

“Foi uma defesa fenomenal, a defesa daquele torneio e de quantos torneios se quiser mencionar.” (Sobre a defesa de Gordon Banks em cabeçada “indefensável”, em Brasil x Inglaterra, na Copa de 1970)

“As pessoas que me perguntavam sobre o jogo não faziam ideia de como era importante para mim vencer o Uruguai. Eu era um garoto de nove anos que sofrera muito [em 1950], chorando e prometendo que um dia vingaria aquela derrota.” (Antes de Brasil x Uruguai, semifinal da Copa de 1970, vencida pelo Brasil por 3 a 1)

“Fiquei grato por tê-lo atingido apenas na testa porque, se fosse no nariz ou no queixo, seria fratura na certa.” (Sobre cotovelada violenta desferida em Dagoberto Fontes contra o Uruguai, na Copa de 1970, em revide a um pisão no tornozelo)

“Em toda a minha vida só fui expulso duas vezes –e em ambos os casos por discutir com o juiz. Nunca fui expulso por conduta violenta.”

“Gostaria de ter marcado um gol de bicicleta. Fiz gols assim no Santos e, mais tarde, no Cosmos. Mas nunca numa Copa do Mundo.” (Sobre o que faltou nas suas participações em Mundiais)

“Quem eu era? O que eu era? Só um jogador de futebol? Não, precisava ser mais do que isso.” (Ao decidir estudar para se formar em educação física, nos início dos anos 1970)

“Não tenho a menor vontade de ser técnico, nunca tive.”

“Dondinho, meu pai, sempre me disse que nunca se deve parar quando as pessoas lhe pedem para parar. Você deve parar quando está em sua melhor forma, porque é assim que será lembrado.” (Sobre a aposentadoria da seleção brasileira e , posteriormente, do futebol)

“Os jogadores de futebol podiam ser deuses para o público, mas em termos trabalhistas eram tratados só um pouco melhor que os escravos.” (Sobre a falta de planos de aposentadoria e saúde em sua época de jogador)

“Nesse jogo cobrei um escanteio e a bola foi direto para o gol, sem tocar em ninguém antes de entrar: o único ‘gol olímpico da minha carreira.” (Em Baltimore Bay x Santos, nos EUA, em 1973)

“Fui convidado umas 50 mil vezes para desfilar no Rio, mas nunca aceitei porque, se saísse numa escola, todas as outras ficariam enciumadas, o que não seria bom para mim.” (Sobre o Carnaval carioca)

“A filha de [Ernesto] Geisel [presidente da República] veio me procurar e me pediu que reconsiderasse. Fiquei irredutível.” (Sobre pedido para que voltasse a jogar pelo Brasil na Copa de 1974)

“Me ajoelhei bem no centro do gramado com a bola entre os joelhos e levantei o braços abertos feito asas de avião, ou como se representasse uma cruz.” (Ao se despedir oficialmente do Santos, contra a Ponte Preta, em setembro de 1974, na Vila Belmiro)

Uniforme da seleção brasileira em 1970 (Foto: Shutterstock)

“Eu iria para Nova York, levar um pouco de samba para a Big Apple. Quando me aposentei, algo dentro de mim morreu. Jogar futebol de novo seria uma terapia.” (Sobre o retorno aos gramados, para atuar pelo Cosmos)

“Dizia que o futebol que eu e o resto do mundo jogávamos era o ‘beautiful game’ [jogo bonito]. A expressão foi a maneira que encontrei para explicar a eles [norte-americanos] a diferença entre futebol e futebol americano.”

“Nunca fui de beber. Jamais provei sequer uma caipirinha, embora ela seja a bebida mais famosa do Brasil. (…) Nunca bebi, fumei ou experimentei drogas.”

“Fui campeão pelo Santos, pela seleção das Forças Armadas e pela seleção brasileira. Saí de todos os times no auge. Agora era campeão pelo Cosmos também. Era hora de sair.”

“O fim estava perto agora. (…) Fiz um discurso em campo e finalizei pronunciando estas palavras em inglês: Love! Love! Love!”. (Em sua despedida do futebol, Cosmos x Santos, no dia 1º de outubro de 1977, no Giants Stadium)

“Foi só um capricho da saudade de vestir aquela mágica camisa amarela outra vez.” (Sobre considerar a possibilidade, descartada, de jogar pela seleção na Copa de 1986, no México, aos 45 anos)

“Na semana do nascimento de Jennifer, depois de 12 anos de casamento, anunciamos oficialmente a separação.” (Sobre o encerramento da relação com Rosemeri, em 1978, à época em que nasceu o terceiro filho do casal, uma menina)

“Ficamos juntos por seis anos, mas não foi um relacionamento muito intenso –era mais uma amizade. Eu morava em Nova York, e ela no Brasil.” (Sobre a relação com a modelo e futura apresentadora Xuxa)

“Adoro cinema. Às vezes vejo três ou quatro filmes numa noite. (…) Filmes de suspense e ação são os meus preferidos.”

“Em Brasília, você não sabe quem são seus amigos ou quem está usando você para satisfazer seus próprios interesses. Pode ser um lugar perigoso.” (Sobre a época como ministro do Esporte, de 1995 a 1998, na gestão FHC)

“Acho que ajudei a libertar os jogadores brasileiros da escravidão.” (Com a criação da Lei Pelé, que desvincula os futebolistas dos clubes ao término dos contratos)

“Sempre considerei irônico que meu filho fosse um goleiro profissional. Minha carreira foi totalmente voltada para humilhar aqueles que vestiram a camisa 1.” (Sobre Edinho, seu filho, ter se tornado goleiro)

“Acho que os brasileiros são muito exigentes com seus ídolos. Às vezes, é como e se estivessem mais preocupados em derrubar você do que em valorizá-lo.”

“Nunca usei um corte do tipo ‘black power’, nem jamais raspei a cabeça completamente. O meu corte de cabelo sempre foi um tributo ao meu pai.”

“Já me pediram para fazer propaganda de papel higiênico, mas isso eu não aceitei.” (Sobre a atuação como garoto-propaganda na venda de variados produtos, de cartão de crédito a medicamento para disfunção erétil)

“Choro à toa. Sou sempre muito emotivo. Choro quando canto uma música triste. Choro quando vejo uma criança pobre na rua.”

“Qual foi a pessoa que mais me impressionou? Provavelmente Nelson Mandela, um verdadeiro ícone.” (Sobre o presidente sul-africano que lutou contra o apartheid)

“Na Iugoslávia, um fã chegou a transformar a própria casa num museu Pelé.” (Lembrando uma das homenagens feitas por torcedores ao longo de sua carreira)

“É um lugar maravilhoso, um verdadeiro santuário. Fico mais calmo quando estou lá. Tenho uma ligação especial com a natureza e aprecio tremendamente a paz e o silêncio.” (Sobre sua fazenda entre Registro e Juquiá, no interior paulista)

“Sinto saudade da simplicidade de uma vida em que ser feliz era jogar futebol numa rua apinhada de amigos. (…) Tenho lembranças vívidas e maravilhosas da minha juventude.”

“Quando eu me for, serei sepultado numa torre de concreto. Santos tem o mais alto cemitério vertical do mundo, (…) com sepulturas em cada um deles. Comprei um andar inteiro para a minha família. (…) Dá para ver o campo da Vila Belmiro da janela.”

“Haverá outro Pelé? Minha resposta é sempre não: Dondinho e Celeste fecharam a fábrica.”