BASQUETE

Ausente em Tóquio, José Neto confia na vaga da seleção feminina de basquete para Paris-2024

O Brasil irá iniciar a Copa América neste mês de julho em busca de uma vaga no Pré-Olímpico Mundial

José Neto, técnico da seleção brasileira feminina de basquete
José Neto, técnico da seleção brasileira feminina de basquete. Foto: Pedro Ramos - rededoesporte.gov.br

Após ficar fora da Olimpíada de Tóquio, a seleção brasileira feminina de basquete dará agora em julho o primeiro passo em busca de uma vaga em Paris-2024. Sob o comando do técnico José Neto, o Brasil disputará a Copa América em León, no México. A competição classifica o campeão e o vice para o Pré-Olímpico Mundial.

Nas duas últimas edições, a seleção brasileira ficou em terceiro lugar e foi obrigada a disputar o Pré-Olímpico das Américas, tendo conquistado a classificação para o Pré-Olímpico Mundial. Neste torneio, os dois primeiros colocados de cada chave garantiram a vaga para Tóquio. O Brasil perdeu todos seus confrontos: Austrália (86 a 72), Porto Rico (91 a 89) e França (89 a 72). Com isso, acabou sendo ausência na Olimpíada.

A ausência nos Jogos de Tóquio foi encarada como decepção, já que o Brasil não ficava fora da Olimpíada no basquete feminino desde 1992, em Barcelona. O técnico José Neto não quer correr riscos e confia no potencial de sua equipe para começar a busca por uma vaga em Paris com o pé direito.

“Já estive em duas (Olimpíadas), em 2012 e 2016, com a masculina Quero estar com a feminina. Elas merecem. A história da Roseli (diretora de competições) não pode ficar assim. Tivemos histórias inspiradoras com Paula, Adriana, que estiveram conosco aqui. A Hortência, que esteve antes. Queremos também ter um final feliz”, disse o treinador, nesta terça-feira, em Araraquara, onde vem sendo realizada a preparação da seleção brasileira.

A própria Roseli do Carmo seguiu a linha do treinador. “Estive no treino das Olimpíadas de Barcelona em 1992, fui cortada. E depois, em 1996, fomos vice-campeãs olímpicas. É desejo de todo atleta disputar uma Olimpíada. É a nata do esporte, é um grupo seleto, todos brigam muito para estar lá. E quando se consegue chegar a uma Olimpíada, subir ao pódio, é algo que é difícil mensurar, é uma coisa que você lembra todos os dias. Detalhes, treinamentos, caminho para a Olimpíada. Essa geração, junto do Neto, merece chegar a uma Olimpíada. E assumi, desde o primeiro momento, que esse é o meu desejo, junto com toda a comissão técnica e atletas, chegar a Olimpíada de Paris e contribuir como contribui dentro de quadra, agora do lado de fora”, afirmou.

Na Copa América, o Brasil está no Grupo A, ao lado de Cuba, Venezuela, Argentina e Estados Unidos. A estreia será no dia 1º de julho, contra as cubanas.

“Campeonato duro, difícil, não temos muita margem para manobra. Não tem jogo fácil. Vamos buscar fazer o nosso melhor. Temos Cuba, que vem crescendo muito no cenário novamente, a Argentina, na qual fizemos jogo duríssimo no Sul-Americano do ano passado. O nível mundial do basquete feminino está cada vez mais aumentando, mas não existe pressão maior do que a dentro de mim por quem confiou no meu trabalho, da nossa comissão técnica e jogadoras. Não existe essa pressão”, disse o treinador.

Além da chave do Brasil, o torneio tem no Grupo B: Canadá, República Dominicana, Colômbia, México e Porto Rico. Pelo formato de disputa, as 10 equipes jogam dentro dos seus grupos. As quatro melhores avançam para as quartas de final (1A x 4B, 2A x 3B, 3A x 2B, 4A x 1B), seguido de semifinais e da grande decisão.