São Paulo

Ceni vive dilema por excesso de gringos e admite ‘possível erro de planejamento’

A cada partida, apenas cinco podem ser relacionados e Rogério Ceni se vê obrigado a escolher os convocados

Rogério Ceni durante coletiva no São Paulo

O São Paulo tem oito jogadores estrangeiros em seu elenco. A cada partida, apenas cinco podem ser relacionados e Rogério Ceni se vê obrigado a escolher os convocados de acordo com as necessidades do elenco, olhando especialmente para as posições carentes em que há atletas lesionados.

Após a derrota para o Corinthians por 2 a 1 neste domingo, Rogério Ceni admitiu que em meio à reformulação da equipe para 2023, o São Paulo pode ter cometido equívocos de planejamento quanto à contratação de um número excedente de atletas de outras nacionalidades.

“Talvez tenha sido um erro nosso de planejamento ter esses jogadores e não poder usá-los. Para ter o Galoppo eu teria de tirar outro estrangeiro. É a realidade do momento. Com as lesões, vou pela necessidade da posição”, afirmou Ceni, explicando também o porquê de ter levado o criticado Orejuela a campo em vez de Giuliano Galoppo, que marcou dois gols diante da Portuguesa e é o artilheiro da equipe da temporada. Ele e o uruguaio Gabriel Neves foram preteridos no clássico com o Corinthians, além de Ferraresi, lesionado.

“Galoppo não joga de lateral-direito. Eu prefiro colocar um de origem. Por isso, ele e o Neves ficaram fora hoje”, comentou Ceni.

Segundo o treinador, sem poder contar com Rafinha e Igor Vinícius, que estão entregues ao departamento médico, a única opção legítima para a direita é Orejuela. Entre os zagueiros, Alan Franco e Arboleda ocuparam outros dois lugares, porque Diego Costa está se recuperando de lesão. No meio-campo, Jhegson Méndez tem correspondido e, no ataque, é inviável abrir mão de Jonathan Calleri.

Orejuela tem convivido com vaias e a insatisfação do torcedor. No clássico, o colombiano foi apupado. Ceni diz compreender a posição da torcida e espera que o jogador tenha força para reagir no momento delicado.

“(Vaias) É uma coisa que a gente não controla. Eu entendo que o torcedor tome a decisão de vaiar. Mas o Orejuela terá de jogar outras vezes, vai ter sequência. Ele precisa ter força mental e vamos precisar ajudá-lo para reverter esse sentimento”, afirmou Ceni, que reforçou sua responsabilidade em montar a equipe diante das ausências por contusão.

“Eu acho que o torcedor expressa seu sentimento pelo resultado. Nas laterais estamos com problemas por causa das lesões e a solução tem sido improvisar em alguns momentos. Mas aí a responsabilidade é minha, tenho de dar um jeito diante das circunstâncias”, continuou.

O próximo compromisso do São Paulo será diante do Santo André, no domingo, às 16h. Até lá, Ceni espera fortalecer os pontos positivos que observa no time neste início de temporada.

“Dá para tirar coisas boas para a fase mata-mata. Ao longo dos jogos temos criado bastantes oportunidades. Precisamos melhorar a qualidade da finalização. Vamos trabalhar! Temos uma noção boa do que podemos produzir para o restante do Paulistão”, afirmou.