Família

Existe um confronto com Deus, diz Cafu à revista sobre morte do filho

Em seu primeiro pronunciamento após a morte de seu filho mais velho, Danilo Feliciano de…

Cafu e o filho Danilo Feliciano de Moraes (Foto: Reprodução)

Em seu primeiro pronunciamento após a morte de seu filho mais velho, Danilo Feliciano de Moraes, Cafu revelou, em entrevista à revista Veja, como tem sido os meses de luto desde então e deu detalhes sobre o dia da fatalidade.

“Tanto o padre quanto o pastor disseram a mesma coisa, que sempre há o momento de Deus e que não podemos contestar a vontade dele. Poxa, mas eu também tinha as minhas vontades e planos para o Danilo ao meu lado. Existe um confronto com Deus nesse sentido”, conta sobre seus sentimentos.

Aos 49, Cafu conta que chora diariamente, mas o faz escondido da família, às vezes no trânsito ou no telefone com amigos, porque sente que precisa manter-se como “pilar” da casa. Ele diz que vai a cada cinco dias visitar o túmulo do filho no cemitério e que não tem como descrever a dor da perda.

“Não tive coragem de entrar no quarto dele até agora, meu filho Wellington recolheu as coisas e colocou tudo para doação. Nunca mais pisei no campo onde aconteceu a convulsão,” revela.

Ele confirmou que o infarto aconteceu após seu filho jogar uma partida de futebol em sua casa e disse que ele mesmo, diante da urgência dos fatos, o levou para o hospital.

Também relatou que os problemas de saúde já vinham sendo tratados desde que Danilo tinha 24 anos, quando sofreu seu primeiro ataque cardíaco. Ele faleceu com 30, dois dias antes de uma consulta agendada para fazer um cateterismo e reavaliar sua condição cardiovascular.

Cafu também agradeceu o apoio dos jogadores que atuaram com ele na seleção brasileira entre as Copas de 1994 e 2006. Segundo ele, todos ligaram ou mandaram mensagem, uma vez que conheciam Danilo porque o lateral sempre levou o filho nos jogos pelo Brasil.

O capitão do penta disse ainda que foca nos trabalhos para manter a mente ocupada, e explicou o momento financeiro complicado que vive sua fundação. “Com a crise econômica, muita gente cortou investimentos no terceiro setor. A população carente fica ainda mais vulnerável. O orçamento da Fundação Cafu, que era de 120 000 reais por mês, caiu demais e atrasamos salários. Atualmente, tiro do meu bolso R$ 40 mil”, contou.