Gávea

Flamengo se reapresenta pela primeira vez desde Abel com técnico novo e sem títulos

O Flamengo inicia a temporada de 2022 nesta segunda-feira (10), com a reapresentação do elenco…

Paulo Sousa, Marcos Braz e Gabriel Barbosa
Com novo treinador, clube carioca inicia a pré-temporada para 2022. Foto: Alexandre Vidal - Flamengo

O Flamengo inicia a temporada de 2022 nesta segunda-feira (10), com a reapresentação do elenco principal e o pontapé no trabalho do técnico português Paulo Sousa, recém-chegado à Gávea, junto aos jogadores. É a primeira vez, desde 2019, que o time rubro-negro começa pré-temporada com um técnico novo e também sem uma grande conquista no ano anterior.

Ainda sem movimentações concretizadas no mercado da bola, e com um elenco que não sofreu mudanças drásticas, a grande novidade neste retorno acaba sendo a comissão técnica. Paulo Sousa, que estava à frente da seleção da Polônia, foi o grande nome anunciado nesta janela e chega com seis auxiliares.

A expectativa em torno da contratação se dá também por conta da disputa com Jorge Jesus, e o breve imbróglio com a federação de futebol polonesa, mas que teve final feliz para o Flamengo.

A última vez que o time da Gávea havia iniciado a temporada com um técnico novo havia sido em 2019, com Abel Braga -hoje no rival Fluminense. Ele tinha sido anunciado em dezembro anterior, pela então recém-eleita chapa encabeçada por Rodolfo Landim.

A chegada de Sousa representou também um olhar da diretoria e comissão técnica quanto ao elenco. Há situações ainda em debate, e reforços devem chegar. O próprio treinador indicou isso ao desembarcar no Rio de Janeiro, na última sexta (7).

“Tivemos uma conversa durante toda uma tarde até a hora de jantar, abordamos toda análise que eu fiz do nosso elenco, de forma coletiva, individual, setorial. Temos muita qualidade no nosso elenco, mas que não é suficiente. A qualidade individual não é sinônimo de vitórias”, disse à FlaTV.

O português, inclusive, será apresentado na tarde desta segunda, no CT Ninho do Urubu, quando concederá a primeira entrevista coletiva já como comandante rubro-negro.

Um dos setores que deve ser analisado com cuidado é a zaga. Bruno Viana, que estava emprestado pelo Braga, de Portugal, não permanece.

Além disso, Rodrigo Caio ainda inspira cuidados, e o departamento médico adota cautela. O zagueiro está internado após uma infecção em dos pontos decorrentes da artroscopia no joelho direito, realizada há pouco mais de um mês. O clube fez um novo procedimento no local no sábado (8), e o resultado sai de três a cinco dias.

Cobiçado no mercado, o lateral-direito Rodinei ainda tem futuro indefinido. O jogador esteve na mira de alguns clubes, como Fluminense e São Paulo, e terminou a temporada como terceira opção para o setor, atrás de Isla e Matheuzinho. O contrato vai até o fim do ano, e, inicialmente, o clube da Gávea só negocia se for para venda.

As mudanças e possibilidades que surgem no horizonte não são de grande impacto. O volante Hugo Moura voltou de empréstimo ao Lugano, da Suíça, e tem negociações em andamento com o Athletico-PR. O meia Max, que estava emprestado ao Cuiabá, foi anunciado pelo Colorado Rapids, dos Estados Unidos.

Também é o primeiro ano que o retorno acontece sem uma grande conquista na temporada anterior. Após a Libertadores de 2019 e o bi do Brasileiro em 2019 e 2020, o time da Gávea passou em branco em 2021, sem conquistar um título de expressão -levou o Carioca e a Supercopa do Brasil.

Em meio ao surto de casos de Covid-19 provocado pela variante ômicron, o Flamengo irá adotar protocolos sanitários ainda mais rígidos na reapresentação do elenco. O grupo volta ao Ninho do Urubu e vai passar por um rastreio inédito no clube. Em vez de uma só testagem, os atletas passarão por uma bateria que inclui teste rápido, PCR e sorologia.

O pente fino completo faz parte de um alinhamento entre o técnico Paulo Sousa e os médicos do clube. O português pediu uma investigação profunda para que haja um raio-x completo do elenco. Além dos testes de detecção ao vírus, os rubro-negros passarão por exames que podem detectar eventuais danos causados pela doença. Haverá uma bateria de provas cardiológicas que irão apontar se o coronavírus causou alguma sequela deste tipo.