MUNDIAL

Europa volta a dominar as quartas e tem chance de igualar EUA na Copa

França, Espanha, Holanda, Suécia e Inglaterra são as seleções europeias nas quartas da Copa

A França é uma das seleções que seguem na disputa do título. Foto: Divulgação

As seleções da Europa são maioria nas quartas de final da Copa do Mundo feminina, sediada em conjunto por Austrália e Nova Zelândia. Cinco das oito equipes classificadas para a sequência do mata-mata são do velho continente.

Anfitriã do último Mundial, a França fechou a disputa das oitavas, na terça-feira (8), com uma goleada sobre Marrocos, por 4 a 0, e se juntou a Espanha, Holanda, Suécia e Inglaterra.

Também estão vivos na competição a Austrália, da Oceania, o Japão, da Ásia, e a Colômbia, da América do Sul. Pelo chaveamento estabelecido, é possível que a próxima fase da Copa tenha apenas seleções europeias.

O atual domínio europeu nesta fase da Copa só não é maior do que aquele que foi visto em 2019, quando sete seleções do continente passaram das oitavas.

Na ocasião, apesar de ser a única representante de outro continente nas quartas de final, a equipe dos Estados Unidos não deu chance para as rivais na trajetória até a conquista de seu quarto troféu. No mata-mata, pela ordem, derrubou Espanha, França, Inglaterra e Holanda.

Desta vez, porém, as maiores vencedoras da Copa do Mundo feminina ficaram pelo caminho, naquela que é vista por parte da mídia norte-americana como a campanha mais frustrante do país. A caminhada foi interrompida nas oitavas, com derrota para a Suécia nos pênaltis.

Sem as tetracampeãs no páreo, as formações da Europa têm uma nova chance de equilibrar o ranking dos países que já conquistaram o torneio.

Além dos Estados Unidos, já venceram a disputa a Alemanha (duas vezes), a Noruega e o Japão. Em caso e novo triunfo de um país da Europa, o continente igualaria o número de triunfos das norte-americanas.

Apesar de a Inglaterra ter chegado à Oceania como uma das favoritas pelo fato de ser a atual campeã da Eurocopa, pelas campanhas apresentadas até aqui, França e Espanha despontam como as principais forças para alcançar o objetivo.

Os dois países passaram com facilidade por seus adversários nas oitavas. As espanholas golearam a Suíça por 5 a 1, e as francesas fizeram 4 a 0 na seleção de Marrocos.

“O objetivo é alcançar o melhor desempenho da história da seleção. Então, devemos necessariamente ir mais longe”, disse o técnico francês Hervé Renard. O melhor resultado do país foi o quarto lugar em 2011.

Veja a tabela a classificação da Copa do Mundo feminina

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Já inglesas sofreram até a disputa de pênaltis para passar pela Nigéria depois de um empate sem gols que se arrastou no tempo regulamentar e na prorrogação.

Apesar do sufoco, a Inglaterra manteve vivo o sonho que tem em comum com outras seis equipes que disputam as quartas de final, uma vez que dos times sobreviventes apenas o Japão já conquistou a Copa do Mundo, em 2011.

Em 2015, as japonesas também chegaram à final, mas acabaram com o vice, após derrota para os Estados Unidos.

Nesta edição, elas ganharam status de favoritas desde a goleada sobre a Espanha na última rodada da fase de grupos, 4 a 0. E reforçaram a condição mantendo os 100% de aproveitamento nas oitavas de final, ao bater a Noruega, por 3 a 1. O Japão conta com a artilheira do torneio, Hinata Miyazawa, que fez cinco gols, e exibe o melhor ataque, com 14 bolas na rede.

Também estão confiantes para a disputa da próxima fase as jogadoras da Colômbia. A equipe bateu a Jamaica por 1 a 0 e se tornou a única sobrevivente das Américas no mata-mata da Copa.

“É um orgulho patriótico, um orgulho regional, saber que somos dignos representantes da Colômbia, da América do Sul, e continuamos como o time que representa a América. Isso nos agrada como comissão técnica”, afirmou o treinador Nelson Abadía.

Para ele, sua equipe tem totais condições de fazer frente a qualquer adversário, incluindo as seleções da Europa. Na fase de grupos, o time fez 2 a 1 na Alemanha, vice-campeã europeia.

“Estamos sonhando muito alto, sabemos o que podemos fazer.”