Violência Sexual

Ministério Público de Milão envia pedido de prisão internacional para Robinho

Condenado pelo crime de violência sexual contra uma jovem de 23 anos, o jogador Robinho…

STJ determina prisão imediata do ex-jogador de futebol Robinho
STJ determina prisão imediata do ex-jogador de futebol Robinho (Foto: Rafael Ribeiro - CBF)

Condenado pelo crime de violência sexual contra uma jovem de 23 anos, o jogador Robinho tem um pedido e mandado de prisão internacional. O Ministério Público de Milão, encaminhou diretamente ao Ministério da Justiça essa solicitação para o atleta que ao lado do amigo Ricardo Falco seja preso.

Robinho e Ricardo foram condenados a nove anos pelo crime cometido em 2013, em uma boate de Milão, na Itália. Após diversos julgamentos, ambos receberam sentença definitiva em janeiro deste ano. O jogador está no Brasil, onde possui casa no Guarujá e em Santos, ambos no litoral de São Paulo, e se deixar o país pode ser extraditado.

Segundo as investigações, a vítima estava na mesma boate em que o então craque do Milan e cinco amigos dele estavam, mas só se juntou ao grupo após a esposa do jogador ir para casa. Robinho e seus amigos teriam então oferecido bebida à vítima até “deixá-la inconsciente e incapaz de se opor”. Além dos nove anos de prisão, Robinho também terá de pagar uma indenização de 60 mil euros (cerca de R$ 372 mil na cotação atual), que já confirmou que irá fazer.

É necessário relembrar que o atleta segue no Brasil, que não extradita brasileiros natos. Portanto, a não ser que viaje à Itália ou a algum dos países que têm acordo de extradição com a Itália, o jogador não cumprirá a pena no país em que o crime foi cometido. Se ele desembarcar em países como Estados Unidos, Argentina, Colômbia, China, entre vários outros, será detido automaticamente. Isso acontece porque a Itália possui um tratado de extradição com quase todas as nações do mundo.

Outra possibilidade, também remota, seria de Robinho cumprir sua punição no Brasil. Nos últimos três anos, a Secretaria de Cooperação Internacional da PGR recebeu somente um pedido de transferência de execução da pena. O pedido ainda está tramitando no STJ e não tem data para ser avaliado.