Alemanha prende 25 extremistas de direita por planejar golpe
Segundo a promotoria federal, grupo tramava golpe para derrubar o Estado alemão.
Uma grande operação da polícia alemã, com mais de três mil agentes envolvidos, prendeu 25 pessoas nesta quarta-feira (7) acusadas de serem terroristas de extrema direita que tramavam um golpe de Estado no país.
Segundo a Procuradoria, duas pessoas foram detidas no exterior, sendo uma na Itália e outra na Áustria. Os demais estavam nas regiões alemãs de Baden-Württemberg, Baviera, Berlim, Hesse, Baixa Saxônia, Saxônia e Turíngia.
Os suspeitos que foram detidos são acusados pelo Ministério Público do país de estarem tramando e organizando um golpe de estado desde novembro de 2021.
Tal preparação inclui a compra de equipamentos, o recrutamento de novos membros e a realização de aulas de tiro.
Os promotores disseram que o grupo foi inspirado pelas teorias da conspiração do QAnon e o Reichsbuerger, que não reconhecem a legitimidade da Alemanha moderna, insistindo que o muito maior “Deutsche Reich” ainda existe, apesar da derrota dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
A trama previa um ex-membro de uma família real alemã, identificado como Heinrich XIII P. R. sob a lei de privacidade da Alemanha, como líder em um Estado futuro, enquanto outro suspeito, Ruediger v. P., era o chefe do braço militar, segundo a promotoria.
Um soldado da ativa e vários da reserva também estão entre os investigados, disse um porta-voz do serviço de inteligência militar à Reuters. O soldado da ativa é membro da força de elite KSK da Bundeswehr, que foi investigada nos últimos anos devido a uma série de incidentes de extrema-direita.
Os investigadores suspeitam que alguns membros do grupo tinham planos concretos para invadir a câmara baixa do Parlamento Bundestag em Berlim com um pequeno grupo armado, disse a promotoria.
Em agosto de 2020, manifestantes invadiram os degraus do prédio do Parlamento alemão Reichstag, alguns deles segurando bandeiras de extrema-direita, durante atos em massa contra as restrições ao coronavírus. (Com agências internacionais)