1.657 munições

Atirador de escola no Texas tinha mais munição do que um soldado dos EUA em combate

Salvador Ramos, apontado pela polícia como responsável pelo massacre em uma escola na cidade de Uvalde que…

Atirador de escola no Texas tinha mais munição do que um soldado dos EUA em combate
Foto: Reprodução - Redes sociais

Salvador Ramos, apontado pela polícia como responsável pelo massacre em uma escola na cidade de Uvalde que deixou 21 mortos nesta terça-feira, tinha em seu poder 1.657 munições, de acordo com o Departamento de Segurança Pública do Texas. A quantidade é superior ao que um soldado americano carrega consigo quando vai para combate.

Um militar dos EUA leva cerca de 210 munições para um combate. A informação foi publicada pela rede de televisão CBS, a partir de relatos feitos por fontes das Forças Armadas dos Estados Unidos.

O diretor do Departamento de Segurança Pública do Texas, Steven McCraw, afirmou nesta sexta-feira que Ramos comprou mais de 1.000 cartuchos de munição antes de abrir fogo e matar 22 pessoas na Robb Elementary School.

Das 1.657 munições com Ramos, 315 cartuchos foram encontrados dentro da escola. Desse total, 142 foram usados e 173 estavam intactos e não disparados.

Decisão errada

A polícia de Uvalde, no Texas, disse ter tomado “a decisão errada” ao esperar 78 minutos para entrar nas salas de aula onde 21 pessoas morreram na terça-feira, acreditando que “não havia crianças em risco”. A declaração veio após testemunhas acusarem os agentes de segurança de terem demorado muito para responder ao massacre, o pior do tipo em quase uma década nos Estados Unidos.

Quase 20 policiais esperaram do lado de fora das classes, apesar dos pedidos de ajuda. Ao menos duas crianças e uma professora ligaram para o 911, número dos serviços de emergência nos EUA, após o atirador entrar nas salas adjacentes com uma arma semiautomática do tipo AR-15, disse o McCraw, em uma tensa entrevista a jornalistas.

Salvador Ramos, de 18 anos, entrou na escola às 11h28, quando começou a disparar contra as janelas. Simultaneamente, um agente da guarda escolar que estava respondendo ao chamado “passou pelo suspeito” sem notar, em busca de alguém que acreditava ser o atirador. Esta pessoa, disseram as autoridades, era na verdade um professor.

Os agentes de segurança só entrariam nas salas por volta das 12h50, afirmou McCraw, quando uma equipe tática da polícia fronteiriça usou as chaves de um zelador para destrancar a porta e, em seguida, matar o suspeito. Os policiais especializados haviam chegado 35 minutos antes, mas a polícia local não os deixou avançar.