Tecnologia

Beatles lançam última música da banda, criada com voz de John Lennon tratada por IA

Paul McCartney anunciou na manhã desta quinta (2) que a canção 'Now and then' está disponível para ser ouvida, em todo o mundo, nas plataformas de streaming

Os Beatles lançaram, na manhã desta quinta-feira (2), a última música inédita da banda, chamada “Now and then”. A canção foi baseada em uma gravação deixada por John Lennon, que teve a voz tratada com inteligência artificial.

O anúncio foi feito por Paul McCartney no X (ex-Twitter). “‘Now And Then’ dos Beatles já está disponível para ser ouvida em todo o mundo”, escreveu o cantor, compositor e multi-instrumentista.

Na véspera, a banda lançou, no YouTube, um documentário de 12 minutos intitulado “Now and then — The last Beatles song”, que mostra os bastidores da composição. O vídeo traz comentários exclusivos de Paul McCartney, Ringo Starr, George Harrison, Sean Ono, o diretor Peter Jackson e registros do próprio Lennon.

Em agosto, numa entrevista exclusiva ao GLOBO, McCartney falou sobre a possibilidade de usar a IA para gravar uma última música do quarteto, incluindo a voz de John:

— Uma coisa é você usar a inteligência artificial para fingir que é a minha voz cantando “God only knows”, e há muito disso na internet — afirmou Paul, ao GLOBO. — Outra coisa é usá-la para limpar tecnicamente algumas gravações, e isso é muito bom. Os técnicos foram capazes de isolar a voz, então parecia que tínhamos voltado para a gravação original. Foi ótimo, tínhamos a voz de John muito clara e bonita.

Quando Paul McCartney anunciou a vontade de recuperar a fita de John Lennon para lançar uma última música, os fãs ficaram não só eufóricos, mas também questionaram o fato. Alguns criticaram a decisão de Paul. O artista chegou a se pronunciar em seu perfil nas redes sociais.

“Vimos um pouco de confusão e especulações. Parece haver muito trabalho de adivinhação por aí. Não posso dizer muito nesta fase, mas para ser claro, nada foi criado artificialmente ou sinteticamente”, explicou McCartney. “É tudo real e todos nós tocamos na faixa. Limpamos algumas gravações pré-existentes — um processo que durou anos. Esperamos que você ame tanto quanto nós”, finalizou o cantor.