CONFLITO

Biden anuncia “maior sanção econômica da história” à Rússia

Em resposta à invasão ordenada pelo presidente russo, Vladmir Putin, à Ucrânia, o presidente dos…

Lula deve deixar encontro com Biden para o início de 2023
Lula deve deixar encontro com Biden para o início de 2023 (Foto: Flickr - Casa Branca)

Em resposta à invasão ordenada pelo presidente russo, Vladmir Putin, à Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou há pouco “a maior sanção econômica da história” à Rússia.

“Putin é o agressor, Putin começou essa guerra, e ele sofrerá as consequências”, disse Biden. Na visão do presidente norte-americano, Putin deseja construir “uma nova União Soviética”.

No pronunciamento, que aconteceu na Casa Branca, Biden também disse que o governo limitará a capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares e outras moedas, e planeja sancionar outros bancos russos.

“Hoje, estou autorizando sanções fortes e novos limites sobre o que pode ser exportado para a Rússia, com custos fortes à Rússia agora e ao longo do tempo”.

Aqui estão algumas sanções que ele anunciou:

  • Limitar a capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares, euros, libras e ienes para fazer parte da economia global;
  • Limitar capacidade de financiar e aumentar as forças armadas russas;
  • Prejudicar sua capacidade de competir na economia de alta tecnologia do século 21;
  • Sanções contra bancos russos que juntos detêm cerca de US$ 1 trilhão em ativos.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, por sua vez, afirmou que vai apresentar legislação para bloquear certas exportações à Rússia, principalmente as que envolverem componentes tecnológicos, com a intenção de “tirar a Rússia da economia mundial dia a dia”.

Reação militar contra Rússia

Países membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) na Europa Oriental – Polônia, Estônia, Letônia e Lituânia – acionaram o Artigo 4º da organização para lançar consultas dentro da aliança sobre o ataque da Rússia à Ucrânia. De acordo com o site da Otan, a consulta ao abrigo do Artigo 4º pode levar a uma ação coletiva entre os 30 estados membros.

“As partes se consultarão sempre que, na opinião de qualquer uma delas, a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes estiver ameaçada”, diz o artigo 4º do tratado.

O site da OTAN diz que o artigo foi invocado seis vezes anteriormente desde a aliança formada em 1949. Mais recentemente o artigo foi acionado pela Turquia em fevereiro de 2020, depois que dezenas de soldados turcos foram mortos por um ataque das forças do governo sírio em áreas controladas pela oposição no norte da Síria.