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Britânica tem mini AVC aos 25 anos causado por anticoncepcional

Jovem quase morreu por conta de um coágulo sanguíneo

Britânica tem mini AVC aos 25 anos causado por anticoncepcional Jovem quase morreu por conta de um coágulo sanguíneo
Justiça permite que criança registrada como marca de anticoncepcional troque de nome (Foto: divulgação/Bayer)

A britânica Holly McCornish, de 25 anos, estava no trabalho quando, de repente, sua visão ficou embaçada e seu rosto caiu para um lado. Seus colegas entraram em pânico e imediatamente chamaram uma ambulância. Ela achou que estivesse morrendo. Ao chegar no hospital, Holly descobriu que se tratava de um mini AVC causado por um coágulo sanguíneo. O motivo? A pílula anticoncepcional que ela tomava.

Normalmente, quem toma pílulas contraceptivas não costuma fazer testes de triagem antes de começar o tratamento. No entanto, uma pesquisa recente com cerca de 4.000 usuárias de pílulas apontou que cerca de 77% relataram sentir efeitos colaterais negativos. Dentre os sintomas, o anticoncepcional apresenta um pequeno risco de coágulos sanguíneos, o que afeta uma em cerca de 3.000 pessoas – e um buraco não diagnosticado no coração de Holly permitiu que um coágulo viajasse até o seu cérebro.

No hospital, ela descobriu ter uma condição cardíaca chamada forame oval patente (FOP), um pequeno buraco entre o lado esquerdo e o direito no coração que permanece aberto ao invés de fechar após o nascimento.

Agora, com 26 anos, Holly está chamando atenção para a necessidade de testes de triagem mais rigorosos antes da prescrição de pílulas anticoncepcionais, visto que ela não tinha conhecimento dos riscos antes de começar a tomar Microgynon 30 (um tipo de anticoncepcional).

Ela contou ao jornal britânico Daily Mirror que recebeu a sua prescrição pelo telefone e não realizou nenhum exame antes de começar a tomar o remédio. O médico até explicou que, por conta da pílula, ela corria um pequeno risco de desenvolver depressão, mas não avisou nada sobre coágulos sanguíneos.

– A contracepção é usada de forma tão irresponsável. Me deram a pílula por telefone, e você pode entrar em uma farmácia e comprá-la por conta própria – ela diz – Essa atitude de “experimente a pílula e veja como você se sente” precisa parar. A contracepção precisa de mais pesquisas e mais testes devem ser feitos antes de ser prescrita às mulheres.

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