JUSTIÇA

Clint Eastwood vence processo milionário contra indústria de canabidiol

Um dos diretores de cinema mais baladados da indústria de entretenimento de Hollywood, Clint Eastwood…

Clint Eastwood vence processo milionário contra indústria farmacêutica (Foto: Warner Bros - Divulgação)
Clint Eastwood vence processo milionário contra indústria farmacêutica (Foto: Warner Bros - Divulgação)

Um dos diretores de cinema mais baladados da indústria de entretenimento de Hollywood, Clint Eastwood venceu o processo de moveu contra empresas farmacêuticas dos Estados Unidos que tentaram relacionar a sua imagem ao uso de canabidiol (produto feito à base de maconha) em peças publicitárias. O diretor vai receber 6,1 milhões de dólares em indenização.

Os dois processos movidos por Eastwood tramitaram no tribunal de justiça de Los Angeles. No polo passivo havia várias empresas que, de acordo com o diretor, incorreram na mesma prática fraudulenta. Mas a sentença recaiu sobre o fabricante que fornece o produto às empresas. Ela funciona na Lituânia.

No primeiro processo, Eastwood pediu indenização por causa da publicação de artigos com entrevistas falsas, ilustradas por fotos e vídeos do diretor, que alegavam que o ator é usuário e entusiasta do canabidiol. Os textos também atribuíam ao diretor encontros para promover e vender produtos e ainda foram usados em e-mails de spam com o assunto “Clint Eastwood expõe um segredo impactante hoje”, que faziam referência a uma suposta entrevista à rede NBC, construída a partir de uma montagem, com intuito de fazer parecer que ele utilizava o produto.

No segundo processo, o diretor interpelou dez empresas e indivíduos e os acuou de usarem tags embutidas nos códigos de páginas do remédio para que buscas com o nome do ator apontassem para os sites do produto. Os seus advogados disseram que houve difamação, mas a justiça, nesse caso, não deu provimento. Acatou apenas a alegação de que nome e imagem foram usados indevidamente.

Na ação, Eastwood frisa que não é contra “essa indústria legítima”, mas que não tem negócios nem nunca conversou com nenhuma das empresas envolvidas na fraude, e que não endossava os produtos “sob nenhuma circunstância”. Além dos seis milhões de indenização, a fabricante terá que arcar com os honorários advocatícios e custas processuais.