GUERRA

EUA proíbem importação de petróleo da Rússia como sanção à guerra na Ucrânia

A Casa Branca proibiu as importações norte-americanas de petróleo da Rússia como punição pela invasão da…

EUA vão proibir importação de petróleo da Rússia como sanção à guerra na Ucrânia (Foto: Reprodução - Youtube)
EUA vão proibir importação de petróleo da Rússia como sanção à guerra na Ucrânia (Foto: Reprodução - Youtube)

Casa Branca proibiu as importações norte-americanas de petróleo da Rússia como punição pela invasão da Ucrânia. A decisão foi comunicada pelo presidente Joe Biden em pronunciamento transmitido ao vivo, direto de Washington.

“Os Estados Unidos produzem mais petróleo do que todos os países da Europa juntos. Nossas equipes estão discutindo como isso [proibição] irá acontecer. Nossa ideia é continuar causando prejuízos ao presidente da Rússia, Vladimir Putin. A defesa da liberdade tem um custo. E um custo para nós americanos”, frisou.

Biden disse que os americanos estão enviando ajuda à Ucrânia e que o apoio não se restringe à aplicação de sanções econômicas, mas também envio de dinheiro e equipamentos militares. “Na última semana, conversei com o presidente Zelensky para saber como ajudar o povo ucraniano”, salientou.

O presidente americano disse que o preço dos combustíveis vai subir nos Estados Unidos e no mundo. “Entendemos que a guerra de Putin está elevando os preços, mas isso não é desculpa para que as empresas elevem sobremaneira os preços”, concluiu.

A Rússia é o maior exportador mundial de petróleo e gás natural. O país foi submetido a sanções financeiras globais por causa da guerra na Ucrânia, mas até agora suas exportações de energia estavam isentas.

O impacto econômico de um conflito envolvendo o maior exportador de petróleo e gás do mundo e dois de seus maiores produtores de grãos e metais também se intensificou nesta terça-feira (8), alimentando preocupações de que isso possa atrapalhar a recuperação global da pandemia de coronavírus.

Especulações sobre petróleo causaram aumento de preços

No domingo (6), após a declaração do secretário de Estado americano, Anthony Blinken, de que os EUA já discutiam com a União Europeia a possibilidade de proibir importações de petróleo russo, as cotações do petróleo já haviam disparado.

O barril do petróleo tipo Brent chegou a bater a máxima de US$ 139,13 (R$ 706,11) na noite do domingo, refletindo o temor de investidores pelos potenciais impactos econômicos da guerra.

O preço do petróleo já teve uma disparada de mais de 20% somente durante a semana passada, por causa dos conflitos no Leste Europeu, que reduziram a oferta proveniente da Rússia, uma das principais produtoras globais da matéria-prima.

Embora estivesse sob pressão do Congresso dos EUA para proibir as importações do produto russo, Biden também se preocupava com os impactos da medida nos preços internos de combustíveis.

Nesta terça, os preços da gasolina nos EUA atingiram um recorde, o comércio de níquel industrial em Londres teve que ser suspenso depois que os preços mais que dobraram em questão de horas. A Shell britânica disse que estava interrompendo todas as compras de petróleo russo, pedindo desculpas por comprar um carregamento na semana passada.